Admirável Mundo Novo (Aldous Huxley)
Em um mundo tomado pela artificialidade – no qual bebês eram feitos em laboratórios, divididos por castas e setores - e pelo consumo de soma, uma droga que leva o usuário ao esquecimento proposital, Bernard sentia que não conseguia se enquadrar, que era diferente. Sempre incompreendido por todos, com atitudes “estranhas” para sua época, ele chegou a tentar mostrar um lado mais orgânico – ou humano – para sua companheira, mas ela já estava tomada pelo soma.
Quando viajaram de férias, se perderam e acharam uma tribo “primitiva”, onde havia até uma mãe, o que causou horror à “companheira” de Bernard. Lá conheceram um menino “selvagem” que poderia ser uma arma para Bernard quando voltasse àquele mundo artificial. Porém, o garoto não conseguia compreender tal mundo, onde leituras de Shakespeare não eram apreciadas, mas a Música Sintética sim.
O garoto, que viu a mãe morrer nesse “novo” mundo, não se adaptou e passou a ter sérios conflitos, além de tentar fazer com que o compreendessem a qualquer custo, se rebelando contra o sistema daquele mundo.
O livro, lançado em 1932 e escrito por Aldous Huxley, gênio visionário da literatura inglesa, mostra até os dias de hoje, através de uma leitura fluida e sua escrita inteligente e poeticamente subversiva, como, com um apurado senso crítico, uma obra pode transcender seu tempo.