RESENHA: BEAUCLAIR, João. “Me vejo no que vejo”: o olhar na práxis educativa psicopedagógica. 1 ed. São Paulo: Exclusiva Publicações, 2008.

RESENHA:

BEAUCLAIR, João. “Me vejo no que vejo”: o olhar na práxis educativa psicopedagógica. 1 ed. São Paulo: Exclusiva Publicações, 2008.

Por: Maria Luísa Nunes das Neves.
Poeta, Escritora, Licenciada em Letras Português/Inglês Psicopedagoga em Formação.
e-mail: luisanneves@hotmail.com

SÉCULO XXI: UM BRINDE À EDUCAÇÃO COM ATITUDES PSICOPEDAGÓGICAS


Uma educação digna, em pleno século XXI, não pode ser vista e/ou sentida apenas como uma quimera. Faz-se necessário sonhar e transformar esse desafio em realidade através da criatividade e de olhos que enxerguem aquilo ainda não visto ou repensado.
É isso que nos brinda o Professor João Beauclair com seu livro mais recente “Me vejo no que vejo: o olhar na práxis educativa psicopedagógica”. Essa obra possui oitenta e oito (88) páginas, divididas em quatro (4) capítulos e uma conclusão, que o autor chama de Enredando olhares e ideias.
Trata-se de um convite à reflexão da prática educativa por meio de “olhares”, no qual Beauclair faz do diálogo com o leitor uma ferramenta persuasiva. O livro possui fundamentação teórica de vários profissionais da educação brasileira, entre eles, o ícone Paulo Freire. Além disso, traz pensamentos de filósofos como Platão e Alcebíades.
O autor também emprega os termos ensinantes do presente e autoria de pensamento. A afetividade é acompanhante desses olhares. Tudo isso se deve ao amor que Beauclair tem pela educação e pelo ser aprendente: “com práticas pedagógicas alternativas é preciso fazer uso da palavra amorosidade, acolhida em nossos espaços e tempos do ensinar e aprender [...]” (p. 49).
Para esse Psicopedagogo, Escritor e Educador são necessárias novas atitudes de acordo com o século atual, pois “[...] a passividade e a inércia são movimentos a serem evitados, visto estarmos num tempo em que o que prevalece é a noção de relação constante entre o todo e as partes, entre as partes e o todo, processo de renovadas e contínuas conexões” (p.59). Significa dizer, então, que ensinantes e aprendentes devem estar em constante sintonia para o sucesso da aprendizagem e da autoria de pensamento.
É praticamente impossível ler os escritos de Beauclair sem rabiscá-los, porque um livro rabiscado pelo leitor não é simplesmente um livro lido, mas, sim, vivenciado em plenitude.
Diante do exposto, recomenda-se a leitura dessa obra, necessária não só aos profissionais da educação, mas também aos pais e todos aqueles que gostem de saborear sábias e poéticas palavras.

Maria Luísa Nunes das Neves
Belo Horizonte, Minas Gerais, 15 de maio de 2009.
Joao Beauclair
Enviado por Joao Beauclair em 16/05/2009
Reeditado em 03/10/2010
Código do texto: T1597258