A CHRISTMAS CAROL DE CHARLES DICKENS
O britânico Charles Dickens, habilmente, escrevera, em 1843, a interessante obra pragmática denominada Um cântico de Natal que tematiza a paulatina transformação comportamental-psicológica de um avarento, Ebenezer Scrooge que após visualizar a presença sobrenatural de três distintos espíritos , respectivamente do passado, futuro e presente, purga-se da mesquinharia vital na qual encontrava-se.
Quanto à estrutura, a obra, conforme Nádia Batella, adequa-se na categoria de conto maralhavilhoso, uma vez que, a mesma possui, nitidamente, as três etapas do processo de conversão ao inserir a presença de três espíritos sobrenaturais que foram responsáveis de mostrar o que o protagonista Scrooge fora, seria e o que era no presente . Além disso, consta-se a simbologia do número dois corporificada pela dialética entre as partes do bem e o do mal de tal personagem. Contudo, há ainda faíscas de um conto fantástico devido ao questionamento sobre a presença dos espíritos sobrenaturais.
Talvez, a riqueza de vocábulos simbólicos, tais como, criança, Fogo na cabeça, alma, peru, sete e verde corroboram com a sublimação de tal conto ao patamar literário. Uma vez que, são eles os responsáveis pela mensagem crítica social de Charles Dickens que os manipulava a fim de aludir ao glorioso período vitoriano. Esse fora responsável por uma demasiada concentração de renda que desembocara na miséria de inúmeros britânicos, sendo um deles o próprio Dickens.
Destarte, Charles Dickens tematiza, literariamente, em A Christmas Carol uma problemática representativa de suas idiossincrasias vitais.