A OXFORD DE LYRA, de Philip Pullman
Só se pode especular os motivos de Philip Pullman ter escrito A Oxford de Lyra. O livro seria um teste para saber se os leitores da trilogia Fronteiras do Universo - A Bússola Dourada, A Faca Sutil e A Luneta Âmbar - se interessariam em uma continuação? Ou seria um interlúdio mostrando que mesmo depois do mal supremo ter sido destruído, ainda restaram outros males, menores ou desconhecidos, no caminho de Lyra? Possivelmente a resposta às duas perguntas seja afirmativa, até porque Pullman já trabalha em um livro chamado The Dust Book (O Livro do Pó), que trará novamente as aventuras da Lyra da Língua Mágica. A história do livro em si é um conto pequeno, mais parecendo uma fanfic, trazendo Lyra e o seu daemon Pantalaimon, dois anos após os eventos de A Luneta Âmbar. Ela salva um daemon-pássaro de uma bruxa e procura a ajuda de um alquimista maluco para solucionar um mistério. Porém, não há tempo, e espaço, para os ataques à religião tão bem elaborados nas obras anteriores, mas percebe-se uma discórdia entre a ciência e alquimia se desenvolvendo sutilmente na trama.
(escrito originalmente em www.jefferson.blog.br em 01/02/2009)