LITERATURA ONDE O REAL E O IMAGINÁRIO SE CONFUNDEM

Por Rogério Salgado*

Pode-se dizer que Um Carro de Bois que Transportava Logos (Edição do autor) seja um livro que lembra-nos muito os escritos de João Guimarães Rosa. Apenas uma coisa o diferencia do grande escritor mineiro, natural de Cordisburgo, ter sido escrito por outro grande escritor mineiro em início de carreira, natural de Belo Vale, porém com uma linguagem própria, exclusivamente dele e que se chama NEWTON EMEDIATO FILHO.

Um Carro de Bois que Transportava Logos exala a natureza pura, cristalina, aquela que há muito não vemos e nem sentimos o cheiro em nossas narinas. Fala da terra, de pescaria, de pássaros e principalmente de interior, não só o interior externo, mas o interno que vem de dentro de seus personagens, tais como Mmamaú, Tio Lolival, Zé do Buteco, Meleão, Pilão, Seu Esteves, Dona Ester, entre outros e que, aos olhos do leitor, parecem vivos no branco do papel. Por isso, traça uma literatura onde o real e o imaginário se confundem.

Com uma estrutura literária bem original, o escritor NEWTON EMEDIATO FILHO faz com que o leitor numa viagem imaginária, possa sentir claramente o cheiro de mato, ouvir o pio do inhambu, ou até mesmo sentir exalar o odor de bosta de vaca e da terra úmida do sertão mineiro. Com uma técnica apuradíssima, traça uma literatura feita com qualidade e que não se compara a ninguém, a não ser com ele mesmo.

Especial Zanoto/ Correio do Sul/Varginha

* Rogério Salgado (Belo Horizonte/MG). Jornalista e Poeta. Autor, entre outros, de “Ainda Menino” (Belô Poético, 2002) e “Tipo Exportação” (em parceria com Virgilene Araújo, Belô Poético, 2004). Critico Literário do jornal “Correio do Sul”, Varginha, Minas Gerais.

Newton Emediato Filho
Enviado por Newton Emediato Filho em 02/12/2008
Código do texto: T1315047
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