A Bicicleta e o Tempo
Perfil de Antonella Catinari
"Antonella Catinari é mais uma escritora a debutar na maturidade. Em seu livro de estréia, "A Bicicleta e o Tempo", essa carioca de 40 anos - formada em Letras e com especialização em Literatura Infantil e Juvenil - junta memórias da infância à sua experiência de 15 anos como professora de adolescentes no tradicional Colégio Pedro II, para revelar os sentimentos contraditórios de uma menina na puberdade.
Ela escreve, em primeira pessoa, o diário íntimo de uma pré-adolescente.
Nele, os personagens não têm nome e as ações estão longe do ritmo frenético das histórias juvenis dos dias de hoje. Mas nem por isso o livro é menos emocionante. Palavras suas:
“Minha preocupação foi ser verdadeira. Sem censura".
A autora conta que desde os 12 anos tem o costume de escrever em diários. "Comecei com duas atividades paralelas: diário e poesia. Manuel Bandeira foi uma das minhas primeiras paixões literárias", conta.
Seus escritos antigos, porém, não inspiraram o livro:
"Em momento algum consultei meus diários. Puxei mesmo da memória afetiva e fiz adaptações baseadas em observações de alunos, ex-alunos, filhos meus e de amigos."
Fonte: www.americanas.com.br
Acesso: 05/06/2008.
Do Resplendor de Arcanjos
Pedimos a atenção dos duzentos milhões de pares de olhos brasileiros para este livro numericamente mísero (50 páginas!), porém majestático e solene em sua simplicidade. Plataforma de embarque para o nada íntimo, pista de pouso de anseios errantes.
A narrativa, plena de implicitudes, possui apenas ponto de partida. Até porque bicicleta difere de ônibus, metrô ou avião, que cumprem roteiros predefinidos, com passagens reservadas.
Esse processo dialogal, essa interação contínua mescla a "ativação de vários conhecimentos prévios”(2), nossa cosmovisão de seres e coisas, a involuntárias associações estéticas. Surgem então --- surpresas felizes --- ondas e praias, vagas e rochas, abandonados na noite sem fim das saudades... Valei-nos, jovens diamantes!
Descobrimo-nos subitamente mares, veleiros, pendões, motins, libertações; murmúrios, corais, aleluias... E sobretudo paz sem voz ante o efêmero Anjo da beleza.
Convite
Pessoal: eis adiante o extenso ciclário. Desnecessária qualquer indecisão: as próprias bicicletas os escolherão. Montem, "bambini", pedalem sem temor do tempo infinito... “Ciao!”
Catinari, Antonella. A Bicicleta e o Tempo.
Ilustrações: Ana Raquel. Apresentação: Anna
Cláudia Ramos. 50p. 3ª edição. Record, RJ,
2006.
Fontes de consulta:
1 – "A crise da leitura e o ensino do português", de Luiz M. de Souza
e Luiza O. Berthier. Revista Letras/UFRJ.
2 – "Minidicionário Caldas Aulete". Apresentação: Evanildo Bechara. 896p. 1ª ed. Nova Fronteira, RJ, 2006.
@
Escrita em 15.09.2008.
Ocupei-me desta resenha por 13:00h, até 30/07/2011.
Perfil de Antonella Catinari
"Antonella Catinari é mais uma escritora a debutar na maturidade. Em seu livro de estréia, "A Bicicleta e o Tempo", essa carioca de 40 anos - formada em Letras e com especialização em Literatura Infantil e Juvenil - junta memórias da infância à sua experiência de 15 anos como professora de adolescentes no tradicional Colégio Pedro II, para revelar os sentimentos contraditórios de uma menina na puberdade.
Ela escreve, em primeira pessoa, o diário íntimo de uma pré-adolescente.
Nele, os personagens não têm nome e as ações estão longe do ritmo frenético das histórias juvenis dos dias de hoje. Mas nem por isso o livro é menos emocionante. Palavras suas:
“Minha preocupação foi ser verdadeira. Sem censura".
A autora conta que desde os 12 anos tem o costume de escrever em diários. "Comecei com duas atividades paralelas: diário e poesia. Manuel Bandeira foi uma das minhas primeiras paixões literárias", conta.
Seus escritos antigos, porém, não inspiraram o livro:
"Em momento algum consultei meus diários. Puxei mesmo da memória afetiva e fiz adaptações baseadas em observações de alunos, ex-alunos, filhos meus e de amigos."
Fonte: www.americanas.com.br
Acesso: 05/06/2008.
Do Resplendor de Arcanjos
Pedimos a atenção dos duzentos milhões de pares de olhos brasileiros para este livro numericamente mísero (50 páginas!), porém majestático e solene em sua simplicidade. Plataforma de embarque para o nada íntimo, pista de pouso de anseios errantes.
A narrativa, plena de implicitudes, possui apenas ponto de partida. Até porque bicicleta difere de ônibus, metrô ou avião, que cumprem roteiros predefinidos, com passagens reservadas.
Esse processo dialogal, essa interação contínua mescla a "ativação de vários conhecimentos prévios”(2), nossa cosmovisão de seres e coisas, a involuntárias associações estéticas. Surgem então --- surpresas felizes --- ondas e praias, vagas e rochas, abandonados na noite sem fim das saudades... Valei-nos, jovens diamantes!
Descobrimo-nos subitamente mares, veleiros, pendões, motins, libertações; murmúrios, corais, aleluias... E sobretudo paz sem voz ante o efêmero Anjo da beleza.
Convite
Pessoal: eis adiante o extenso ciclário. Desnecessária qualquer indecisão: as próprias bicicletas os escolherão. Montem, "bambini", pedalem sem temor do tempo infinito... “Ciao!”
Catinari, Antonella. A Bicicleta e o Tempo.
Ilustrações: Ana Raquel. Apresentação: Anna
Cláudia Ramos. 50p. 3ª edição. Record, RJ,
2006.
Fontes de consulta:
1 – "A crise da leitura e o ensino do português", de Luiz M. de Souza
e Luiza O. Berthier. Revista Letras/UFRJ.
2 – "Minidicionário Caldas Aulete". Apresentação: Evanildo Bechara. 896p. 1ª ed. Nova Fronteira, RJ, 2006.
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Escrita em 15.09.2008.
Ocupei-me desta resenha por 13:00h, até 30/07/2011.