A língua de Eulália
Redação - A Língua de Eulália ( Marcos Bagno )
Tudo o que está neste livro surpreende a muita gente que só via na língua portuguesa uma forma de falar, ou seja, a forma português padrão, forma acadêmica.
Vemos que todos os erros de português nele mostrado sempre foram visto com preconceito, principalmente por alguns gramáticos.
A professora Irene, personagem principal do livro, recebe em sua casa nas férias de julho, sua sobrinha e duas amigas dela da faculdade. As meninas acham engraçado o modo de falar de Eulália, amiga de Irene, que usa termos como: véio, trabáio, cuié, broco", grobo...
Irene começa á mostrar às meninas que cada cultura tem seu jeito proprio de falar, modos herdados de antepassados, ou mesmo dificuldade na língua (órgão )ao pronunciar certas palavras.
Certas palavras consideradas erradas por alguns gramáticos, tem sua origem em outras línguas, como o latim e no caso da região nordeste do brasil a influência dos franceses e holandeses que tentaram uma colonização em séculos passados.
Os preconceitos citados nesse livro. como exemplo: racial, religioso, sexual e etc... também são ligados ao uso da fala.
O povo brasileiro não dá valor as nossas raízes, nossa cultura, só valorizando o que vem do primeiro mundo.
A medida que se vai avançando na leitura desse livro, vamos nos achando até patéticos por até agora só vermos a forma correta e impecável de falar o PP ( Português Padrão), aquele usado pelos acadêmicos.
Mas vamos descobrindo que até em países de primeiro mundo como nos Estados Unidos, os negros tem um modo de falar diferente dos brancos, e aí entra o preconceito; são negros e por isso falam errado.
O que fica claro nesse livro é que não existe um jeito certo ou errado de falar, mas sim heranças linguísticas vindas de outros países e certas línguas, já consideradas mortas como o Latim.
No Brasil quem não fala o português acadêmico é considerado sem cultura. Mas felizmente alguns escritores estudiosos de línguas, estão lutando para libertar o povo desses preconceitos linguísticos, e vamos querer acreditar que o ensino da língua portuguesa, num futuro bem próximo, seja dado de uma forma que respeite o Brasil como um todo, levando-se em consideração o falar de cada estado, cada região, cada aldeia...