Meu nome é Vermelho.
Como não ler um livro com este nome? Além disso, seu autor, o escritor turco Orhan Pamuk é Prêmio Nobel de Literatura ( 2006) e frequentou as listas de best-sellers por muito tempo, com este livro e com Neve, considerado a sua obra-prima. Ainda não li Neve mas certamente vou ler. Estou esperando o frio aumentar para me sentir mais no clima.
Apesar de ser um livro fascinante eu levei praticamente dois meses para terminar a leitura, o que para mim é um recorde negativo acostumada que estou a viver com um livro na mão. É um livro ruim, então? Não, é muito bom. Seu autor é um homem culto, um escritor brilhante e a técnica narrativa que adotou, fascinante. Dezenove narradores contam esta história complexa, passada em Istambul, no século XVI.Fez com que eu me lembrasse do realismo mágico tão caro aos escritores latino-americanos.
Entre os narradores se incluem um cadáver (Agora sou meu cadáver, um morto no fundo de um poço -é assim que o livro começa), um cão (Como vocês vêem, meus caninos são tão compridos e pontudos que mal cabem na minha boca.), o assassino, que não se identifica, uma árvore (Eu sou a árvore e sou muito solitária),o dinheiro, a Morte, a cor Vermelha, o cavalo, dois vagabundos errantes, a mulher e muitos outros, incluindo os protagonistas do livro. É uma narrativa fragmentada em razão dos variados pontos de vista, mas coerente, entre outras razões porque apresentada cronologicamente. Mas, apesar de tudo, não dá aquela vontade de ler sem parar para resolver o enigma e descobrir o final. A gente vai lendo aos poucos, saboreando cada capítulo, mas sem aquela necessidade de chegar ao fim da história. Vai lendo e pronto.
Na Istambul do séc. XVI o Sultão encomenda uma obra para comemorar a Hégira (Fuga de Maomé para Meca). Ele quer com esta obra provar a superioridade do mundo oriental sobre o ocidental e para isso pretende utilizar o mesmo método dos pintores venezianos para ilustrar as iluminuras: a pintura em perspectiva e retratando os personagens tal como eles são realmente. Isso é proibido pelo Corão que condena o figurativismo. Para o trabalho são contratados os quatro melhores miniaturistas. Está armada a confusão. É em torno desse confronto entre o oriente e o ocidente que se desenrola a trama, permeada por um romance proibido, assassinatos, intrigas, mistérios.
Pamuk é um autor de renome no mundo inteiro. Quando ganhou o Nobel, o júri que o escolheu manifestou-se da seguinte forma:" na busca pela alma melancólica de sua cidade natal, descobriu novos símbolos para o combate e a mistura de culturas" É também um homem de coragem, ousando tornar públicos acontecimentos da história turca encobertos pelos governantes, como o massacre dos armênios. Por essa razão chegou a ser processado. Absolvido pelos tribunais não o foi porém pelos extremistas nacionalistas, o que o obriga a viver fora do país. O seu livro mais famoso talvez seja Neve mas é autor de muitos outros dos quais foram lançados no Brasil, além dos já citados: A maleta do meu pai, Istambul e O Castelo Branco, o mais recente.
Como não ler um livro com este nome? Além disso, seu autor, o escritor turco Orhan Pamuk é Prêmio Nobel de Literatura ( 2006) e frequentou as listas de best-sellers por muito tempo, com este livro e com Neve, considerado a sua obra-prima. Ainda não li Neve mas certamente vou ler. Estou esperando o frio aumentar para me sentir mais no clima.
Apesar de ser um livro fascinante eu levei praticamente dois meses para terminar a leitura, o que para mim é um recorde negativo acostumada que estou a viver com um livro na mão. É um livro ruim, então? Não, é muito bom. Seu autor é um homem culto, um escritor brilhante e a técnica narrativa que adotou, fascinante. Dezenove narradores contam esta história complexa, passada em Istambul, no século XVI.Fez com que eu me lembrasse do realismo mágico tão caro aos escritores latino-americanos.
Entre os narradores se incluem um cadáver (Agora sou meu cadáver, um morto no fundo de um poço -é assim que o livro começa), um cão (Como vocês vêem, meus caninos são tão compridos e pontudos que mal cabem na minha boca.), o assassino, que não se identifica, uma árvore (Eu sou a árvore e sou muito solitária),o dinheiro, a Morte, a cor Vermelha, o cavalo, dois vagabundos errantes, a mulher e muitos outros, incluindo os protagonistas do livro. É uma narrativa fragmentada em razão dos variados pontos de vista, mas coerente, entre outras razões porque apresentada cronologicamente. Mas, apesar de tudo, não dá aquela vontade de ler sem parar para resolver o enigma e descobrir o final. A gente vai lendo aos poucos, saboreando cada capítulo, mas sem aquela necessidade de chegar ao fim da história. Vai lendo e pronto.
Na Istambul do séc. XVI o Sultão encomenda uma obra para comemorar a Hégira (Fuga de Maomé para Meca). Ele quer com esta obra provar a superioridade do mundo oriental sobre o ocidental e para isso pretende utilizar o mesmo método dos pintores venezianos para ilustrar as iluminuras: a pintura em perspectiva e retratando os personagens tal como eles são realmente. Isso é proibido pelo Corão que condena o figurativismo. Para o trabalho são contratados os quatro melhores miniaturistas. Está armada a confusão. É em torno desse confronto entre o oriente e o ocidente que se desenrola a trama, permeada por um romance proibido, assassinatos, intrigas, mistérios.
Pamuk é um autor de renome no mundo inteiro. Quando ganhou o Nobel, o júri que o escolheu manifestou-se da seguinte forma:" na busca pela alma melancólica de sua cidade natal, descobriu novos símbolos para o combate e a mistura de culturas" É também um homem de coragem, ousando tornar públicos acontecimentos da história turca encobertos pelos governantes, como o massacre dos armênios. Por essa razão chegou a ser processado. Absolvido pelos tribunais não o foi porém pelos extremistas nacionalistas, o que o obriga a viver fora do país. O seu livro mais famoso talvez seja Neve mas é autor de muitos outros dos quais foram lançados no Brasil, além dos já citados: A maleta do meu pai, Istambul e O Castelo Branco, o mais recente.