Tempos Modernos

A demonstração clássica e ilárica, apresentada no filme “Tempos Modernos”, do afamado ator e escritor Charlie Chaplin, mostra de que forma o indivíduo reflete aos impulsos irrelutáveis de uma sociedade dominadora e capitalista, contrariando, por vezes, até o limite da própria máquina humana. É notório, que com o advento de novas tecnologias, o homem necessite de mais capacitação e auto-direcionamento, diante das inovações técnicas e científicas que a sociedade moderna tem absolvido com o passar das gerações. No entanto, o homem continua se caracterizando como um conjunto de expectativas, sonhos, sentimentos e aspirações, inserido ao mesmo tempo, em um ambiente de trabalho que visa a sua adequação e os seus positivos resultados, mas isso, não dá à empresa, em hipótese alguma, o direito de tratar o homem como uma simples máquina de produção e lucro.

O abuso da mão-de-obra, o desemprego, a crise global, o preconceito, a má-distribuição de renda, etc, tem levado o homem ao desespero, ao desequilíbrio e consequentemente, em muitos casos, à marginalidade, visto que, a violência e outras discrepâncias sociais, são frutos dessa mesma delinqüência adquirida historicamente. Os direitos humanos devem interagir conscientimente com o indivíduo, onde quer que o mesmo se encontre, seja lá qual for o lícito papel que exerça, sua classe social, cor ou crença, defendendo-o de todos os abusos e preconceitos.

A luta incansável do trabalhador para se manter em sociedade e ser um cidadão comum, desponta de épocas bem remotas, mostrando que o indivíduo sempre clamou por dignidade e ainda hoje, almeja por justiça, mesmo se deparando com situações de desencorajamento e desmotivações.

O homem sempre será o principal instrumento em sociedade e o principal agente de mudanças, pois toda e qualquer tecnologia aplicada deriva-se, antes de mais nada, da ação contínua do mesmo, sempre munido de novas técnicas, metodologias e conhecimentos, reajustáveis à medida em que, este avança na escala do Progresso.