Juno
Minha grande motivação pra ir ver "Juno" foi o fato de uma comédia ter sido indicada ao Oscar de melhor filme. Algo de novo ou de original haveria de ter e de fato tem.
Escrito pela ex-stripper Diablo Cody, Juno apresenta uma adolescente norte-americana com os seus 16 anos que enfrenta uma gravidez indesejada, após uma noite com seu melhor amigo. Ciente que não tem capacidade, no momento, de ser mãe, ela resolve dar o bebê para adoção e os escolhidos para tal tarefa é um casal bem-sucedido.
No decorrer de sua gravidez, Juno, intepretada pela ótima Ellen Page, passa a enfrentar novas dificuldades e obstáculos que proporcionam um amadurecimento notório da personagem. Essa grande atuação rende uma indição ao de Melhor Atriz. Outra característica importante do longa é o roteiro muito bem escrito e que foge ao lugar-comum das comédias.
"Juno" transita pelo drama e pela comédia e não se sabe ao certo que gênero podemos enquadrar. Como comédia, foge dos clichês, porém não se apresenta tão engraçado, apesar de algumas sacadas inteligentes, boa parte das piadas são bem forçadas. Ao encararmos como um drama, o longa soa um pouco superficial e comprova que a adolescente em questão, mesmo passando por tudo que passou continua sendo irresponsável e imatura, encarando tudo como se nada tivesse acontecido. "Juno" é indicado ao Oscar também como Melhor Direção, mas é leva a sua única estatueta como Melhor Roteiro Original. Merecido pela originalidade, criatividade, bons diálogos e inteligência de Diablo Cody.
Nota: 6,5
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