Meu Nome Não é Johnny marca a redenção da Globo Filmes
A primeira produção nacional do ano significa muito mais do que se imagina, é uma espécie de redenção para a Globo Filmes, que vinha enfrentando seguidos fiascos de bilheteria e crítica, principalmente esta última.
Não se trata de um filme excepcional, porém muito superior à media da Globo Filmes, isso deve-se basicamente ao esforço e trabalho de Selton Mello e do diretor Mauro Lima. Selton revive uma lenda urbana da sociedade carioca, o João Estrella, jovem de classe média que de usuário se tornou traficante de drogas.
O longa transita do drama à comédia de forma muito competente, finalmente a Globo produz um filme com cara de filme, espero que tenham aprendido a lição de como fazer cinema. Quanto aoaspecto estético e cinematográfico o filme cumpre bem seu papel, a história e a forma com que é contada é interessante, as doses de humor conferem certa leveza ao filme.
Contudo a mensagem não é das melhores, é uma grande passada de mão na cabeça da classe média, em que traficar drogas de forma não institucionalizada e desorganizadamente não confere crime ao acusado, apesar do tempo que ele passou preso. Mas olhando toda a história de João Estrella diante de outra perspectiva pode-se considerar como a recuperação de um jovem traficante de classe média que chegou ao fundo do poço e conseguiu se reerguer. Essa é a beleza da arte, possibilitar visões díspares do mesmo objeto em questão.
Nota 7,0
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