Resenha impressionista para o filme "Encontrando Forrester"

ENCONTRANDO FORRESTER, filme do diretor Gus Van Sant, estrelado por Rob Brown e Sean Connery, conta a história de Jamal, jovem com talentos literários excepcionais e uma bagagem de leituras memorizadas de dar inveja, que sofre limitações no seu desenvolvimento por causa de sua cor e de sua condição social.

Seu desempenho escolar é mediano, mas um trabalho brilhante desperta o interesse do melhor colégio da cidade, que o convida para estudar lá sem pagar e ainda jogando basquete, seu esporte preferido, do qual é um ás.

Jamal conhece Forrester, um famoso escritor de um livro só, em uma invasão no seu apartamento, inspirada por seus amigos da rua. Forrester lê e critica alguns textos de Jamal e, a partir daí, passa a ser o incentivador maior do desenvolvimento do seu dom.

No colégio novo, professores que um dia contestaram a obra de Forrester desconfiam que os trabalhos escolares de Jamal são apenas cópias e que ele só está estudando lá para jogar basquete e tirar a família da pobreza. No desenrolar da história, Jamal prova sua amizade por Forrester, e Forrester prova sua amizade por Jamal.

O filme é leve, e os personagens são carismáticos, de modo que o espectador fica "torcendo" para que tudo termine hollywoodianamente bem. Há boas doses de humor, um esboço de romance (tolhido pelo preconceito social e racial), e alguns momentos sentimentais e de reflexão.

Eu gostei muito do filme, por abordar aspectos interrelacionados como talento, cultura, determinação, injustiça e amizade. O charme de Sean Connery compensa a pobre fotografia e as péssimas traduções das legendas. A trama concisa e envolvente prendeu minha atenção do princípio ao fim do filme.

30/11/01