O filme que não faz jus ao nome.

Harrison van Buren é o típico magnata da era de ouro do sonho americano. Leitor ávido e admirador das artes. Racista a qualquer etnia fora de seu mundo wasp, da unha do pé ao fio de cabelo, escorraça o negro que trabalhava na sua mansão e considerava os latinos europeus iguais aos indolentes latinos sul-americanos.

Quando encontra László Tóht, eminente arquiteto judeu alinhado à Banhaus, primeiro o seduz com substanciosos elogios a sua obra e praticamente o compra, não contrata, para que realizasse o magnifico mausoléu em homenagem a recente falecida matriarca Van Buren. Em seguida Van Buren sodomiza László. As explicações pra isso estão em aberto.

O modelo de ônibus que Tóht embarca não existia na época. Nem os guindaste usados na tal construção brutalista. As roupas de Tóht estão sempre limpas, as de baixo impecavelmente brancas, apesar de ele enfrentar a fila da sopa e dormir em albergues públicos. Pra um épico aclamado por críticos, esses deslizes são imperdoáveis. Carnavalescos fariam melhor.

Só vi o filme até o final porque na primeira parte László faz um monólogo sobre o artista e sua arte. Ambos ficarão na história. Alguém questionará quem é o artista e ao saber como viveu e sofreu, abrirá os olhos para a bestialidade humana.

László Tóth sobreviveu a Dachau.