PAPERMAN, de John Lasseter

 

PAPERMAN, de John Lasseter

Miguel Carqueija

 

Resenha de “Paperman” (“homem-papel”), desenho animado de curta-metragem (8 minutos), mudo e em preto-e-branco. Walt Disney Animation Studios, EUA, 2012. Produção executiva: John Lasseter. Produção: Kristina Reed. Direção: John Kars. Chefia de animação: Patrick Osborn. Música: Christopher Beck. História: Clio Chiang e Kondelle Hoyer. Título no Brasil: “O avião de papel”. Oscar de melhor curta de animação.

 

Esta película tão curta mereceu sem dúvida o Oscar! É mais uma pequena obra-prima do caprichoso produtor John Lasseter, cujo bom gosto é inegável.

É um curta-metragem singular, realizado em preto-e-branco, além de ser cinema mudo. Nenhum personagem fala uma única palavra.

Um rapaz espera o trem e encontra uma moça que, como ele, está a caminho do trabalho. Ela perde uma folha de papel na ventania, que esbarra nele. A simpatia mútua é imediata mas ela precisa tomar o trem, sem que dê tempo para conversar.

Quando no escritório e com uma pilha de papéis para processar, ele avista a jovem do outro lado da rua. E sem ligar para as regras do serviço ele vai fazendo aviões de papel, um atrás do outro, e jogando da janela, tentando chamar a atenção da garota.

E mais não digo. É uma história romântica, engraçada, fantasiosa, e mostrada com esmero num autêntico filme de arte.

 

Rio de Janeiro, 1º de março de 2025.