Resenha: O trem da felicidade
Direção: Cristina Comencini
Roteiro: Viola Ardone
Elenco: Bárbara Ronchi, Francisco Di Leva, Monica Napoleão, Serena Rossi e Stefani Accorsi
O OBJETIVO DA GUERRA É A PAZ.
(Aristóteles)
Essa ficção é baseada no Livro Treni della felicità, de Giovanni Rinaldi. Inspirado numa história real. Vivênciado em Milão, entre os anos 1945 e 1952, inúmeras crianças do Sul da Itália foram levadas para o Norte em busca de sobreviver ao caos da guerra. Iniciativa organizada pelo Partido Comunista Italiano e pela Unione Donne Italiana (UDI).
A pobreza no pós-guerra, na Itália, era a tônica por todo lado. Daí, as mulheres resolveram enviar os filhos ao norte italiano para terem melhores condições de vida. Antonietta (Serena Rossi) mãe do menino de sete anos Amerigo Speranza (Christian Cervone) fora uma dessas infelizes mães que se sacrificara, embarcando seu filho para sua nova casa, para viver com Derna (Barbara Ronchi) uma mulher solteira. Empreitada essa, por sinal, fora um sucesso total.
As crianças retornaram para casa, após seis meses em condições bem melhores do que foram. Depois, outras crianças de outros lugares italiano fizeram a mesma viagem, num total de 70 mil.
Parte dessa história do pós-guerra, quase fora esquecida, porém graças aos testemunhos daqueles que vivenciaram esse fato, podemos recontá-la hoje. Inclusive, com relatos impressionantes, tipo experiências incomuns de `ter comido carne pela primeira vez no norte`.
Detalhe: Grande maioria voltou para casa, mas muitas dessas crianças mantiveram relações com as famílias anfitriãs.
Por fim, pense num filme emocionante, que nos toca a alma. Repleto de momentos de ternura e introspectivos. Assim, façam o que mais gostam, peguem sua pipoca e aproveitem.