Resenha "The office"

Dirigido por Greg Daniels, Ricky Gervais, e Stephen Merchant, a adaptação do sitcom inglês, The Office, aborda a produção de um documentário que retrata a vida cotidiana dos funcionários de uma empresa americana de papelaria, através de uma mistura de comédia e drama pessoal. A série segue a vida dos funcionários da Dunder Miflin, desde altos e baixos de suas carreiras profissionais até a dinâmica de suas vidas pessoais. O sitcom leva a história através da visão do gerente regional da filial de Scranton, Michael Scott. Egoísta, centralizador, imaturo e preconceituoso são algumas de suas características, todavia, podemos em algum momento sentir empatia pelo personagem. Sendo composta por poucos diálogos, mas ao mesmo tempo profundos e fazendo reflexões sobre filosofias de vida, a obra é inteiramente humorística e irônica, até mesmo no que se trata da violação de direitos humanos. É importante ressaltar a produção da série, a qual utiliza de elementos da linguagem documental e assim, constrói seu estilo próprio e se diferencia de sitcoms tradicionais, como a de Sam Esmail, a chamada Friends. A linguagem utilizada, mockumentary (documentário falso), louvável, pois é capaz de transmitir ao leitor uma sensação de que os personagens são pessoas reais e estão sendo filmadas, de forma embaraçosa e invasiva, em seu próprio local de trabalho, isso porque a história entra afundo nas situações vividas entre os funcionários, fazendo com que pareçam rotineiras e verídicas, mesmo sendo absurdas. Nos anos de 2005 à 2013 a série obteve enorme sucesso, esse êxito se deve à perfeita criação do personagem Micahel Scott, o qual tenta preencher seu vazio com romances superficiais, e com seus funcionários, tenta criar uma sensação de proximidade e afeto. Mesmo falhando miseravelmente, ao longo das 7 temporadas que participa, nasce o carinho entre os outros personagens, a falta de noção social e o expectador. Destaca-se também a habilidade dos atores em se introduzir à vida dos personagens sem que pareça algo forçado. A atuação dos atores Rain Wilson e Jhon Krasinski te leva a seguinte pergunta: é possível alguém ser tão bobalhão como Dwight ou tão sacana como Jim?