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Um filme que retrata os "anos de Chumbo da Ditadura", aonde muitos foram presos e desapareceram nas mãos das autoridades nesse país...

 

O filme narra a história de EUNICE PAIVA enfrentando a violência com o desaparecimento do seu marido RUBENS PAIVA , sozinha se viu  "obrigada" a criar seus cinco filhos após a prisão e desaparecimento do seu marido, o deputado cassado RUBEM PAIVA, 1971.

 

O longa viaja pela vida de EUNICE , que teve que lutar contra o Alzhaimer.

 

SINOPSE:

 

"No fim da década de 1970,  o Brasil. enfrenta o endurecimento da ditadura militar. No Rio de Janeiro, a família PAIVA - RUBENS, EUNICE e seus cinco filhos  - vive à beira da praia na Tijuca - Rio de Janeiro em uma casa de portas abertas aos amigos.

Um dia, RUBENS PAIVA é levado por militares à paisana e desaparece"

 

MARCELO RUBENS PAIVA , autor do livro do mesmo nome,  que originou o FILME,  relata a angústia e o medo que a família viveu após a prisão do seu pai. Eles tiveram que se mudar do Rio de Janeiro para São Paulo enquanto lutavam para saber o que havia ocorrido com o patriarca da família.  

Posteriormente, a família descobriu que RUBENS PAIVA havia sido morto e passou a buscar entender as circunstâncias de seu falecimento; assim como o destino de seu corpo - que jamais foi encontrado.

 

Engenheiro formado pelo Mackenzie, RUBENS PAIVA atuou como militantes estudantil em São Paulo antes de ser nomeado como deputado federal pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), o mesmo do então presidente João Goulart.

 

Quando Jango sofreu o Golpe, 1964, PAIVA convocou os estudantes para resistirem e passou a ser alvo dos militares. Como consequência, teve o seu mandato cassado quando do Ato Institucional N*1 foi estabelecido. Assim, ele se exilou na Iugoslávia por um ano, antes de retornar ao Rio de Janeiro.

 

Em 20 de Janeiro de 1971, RUBENS PAIVA foi detido em sua casa por agentes do Centro de Informações e Segurança da Aeronáutica (CISA). E, a partir desse ponto a história que aconteceu  com ele ganhou diversas versões.

 

Segundo os órgãos oficiais, desconhecidos haviam sequestrados RUBENS PAIVA da custódia e ele teria fugido para Cuba, onde supostamente teria outra família. O seu último paradeiro conhecido era o Destacamento de Operações de Informações (DOI) do I EXÉRCITO,  na TIJUCA.

 

Pouco depois, EUNICE também acabou sendo presa junto com a  sua filha ELIANA, com apenas 15 anos na época. Ela foi levada para o mesmo lugar do marido, onde ficou detida por 12 dias; quando exigiu que a verdade fosse revelada.

 

ELIANA passou cerca de 24 horas no local; já EUNICE acabou descobrindo que RUBENS PAIVA havia sido assassinado embora o local de seu sepultamento não tenha sido revelado.

 

A família de RUBENS PAIVA só recebeu seu atestado  de óbito em 1996, durante o governo Fernando Henrique Cardoso, que havia sancionado a Lei dos Desaparecidos.

 

Em 2014, um relatório divulgado pela Comissão da Verdade, estabelecido na gestão de Dilma Rousseff (também presa e torturada pela Ditadura) esclareceu que após RUBENS PAIVA ser torturado no DOI, seu corpo foi enterrado e desenterrado algumas vezes, visto que os militares temiam que seus restos fossem encontrados. Como solução, ele foi arremessado ao mar dois anos depois da sua morte.

 

AINDA ESTOU AQUI acompanha EUNICE nos anos seguintes ao desaparecimento de RUBENS PAIVA, enquanto luta por justiça e tenta curar suas cicatrizes. Viúva, ela ainda teve de cuidar de seus cinco filhos e enfrentar o Alzhamier em seus últimos dias de vida. EUNICE faleceu em 13 de Dezembro de 2018, aos 86 anos.

 

AINDA ESTOU AQUI é dirigido por WALTER SALLES, responsável por memoráveis obras nacionais, como "Central do Brasil" e " Cidade de Deus". No longa, FERNANDA MONTENEGRO E FERNANDA TORRES dão vida a EUNICE em diferentes fases de sua vida.

 

Seguem no elenco valiosos talentos brasileiros .

 

No Festival de Cinema de Veneza, recebeu o Prêmio de Melhor Roteiro. Após ser exibido, o longa foi aplaudido pelo público por cerca de 10 minutos.

 

Por conta de todo sucesso Internacional que vem fazendo, AINDA ESTOU AQUI tem grandes chances de representar o Brasil no OSCAR de 2025. A expectativa é que a produção possa concorrer na categoria Melhor Filme Estrangeiro.

 

 

Um filme que recomendo!

 

 

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SanCardoso
Enviado por SanCardoso em 09/11/2024
Reeditado em 11/11/2024
Código do texto: T8193221
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