A FORJA: DO POSSÍVEL MILAGRE DAS TRANSFORMAÇÕES
Ultimamente, tenho dito que percebo o universo da arte, principalmente a Cinematográfica, algo chato, por aqui monotemático demais, cansativo e muito previsível. Sempre a mesma coisa...
É que tragédia sempre dá mais audiência, e onde há tragédia, culturalmente autóctone, não há como escapar da mesmice violenta.
Violência de toda má sorte e militâncias mil são os focos temáticos de hoje, no geral.
É como colocar a arte a serviço dos interesses nem sempre muito claros...ou quiçá, bem notórios aos olhos mais cuidadosos.
E se for para "doutrinar" que ao menos seja por uma boa causa.
Esse filme A FORJA, o qual tive o prazer de ter sido convidada a assisti-lo, foi uma grata surpresa, principalmente ao saber da sua explosão de espectadores frente à proposta da obra, totalmente em antítese com a chatice monotemática universal.
Um enredo que segue de mãos dadas com a filosofia dos propósitos das nossas vidas.
Todos nós, ABSOLUTAMENTE TODOS, estamos nessa tela. Não há como negar.
Ou por exercício da fé, ou pela total falta dela ; ou em algum momento pontual das peripécias das vidas.
Basta estar vivo para atuar ali na telona.
Principalmente os que são pais , em algum momento, decerto se encontrarão na tela da vida, sob a difícil tarefa de educar e nortear os caminhos imaturos da adolescência, principalmente nesse " novo mundo", cuja liquidez de propósito já está diagnosticada.
É como um chamado de entendimento ao enfrentamento das relações HUMANAS, em todas as suas modalidades.
Além de várias outras mensagens viscerais, há nele a discussão sobre o poder de transformação que existe em cada um de nós, tanto o de nortear os nossos como também influenciar " a melhor" os caminhos alheios, os dos que nos cruzam pelo cumprimento das jornadas.
Um filme cujo tema vai muito, muito além da Teologia e da Pedagogia das Escrituras.
É preciso alargar os olhos e abrir os corações para degustá-lo na profundidade poética das realidades.
A FORJA é uma belíssima metáfora humanística , humanitária e existencial.
A mim fez uma ALITERAÇÃO com FORÇA.
Sem " spoilers".
Quem for vê -lo saberá ao que me refiro.
Leve um lencinho de bolso.
O meu saiu ensopado.