À Lélia, a poetisa de Araraquara - II

"Sayonara, sayonara

Itsumademo itsumademo ogenki de

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Sayonara". Os Incríveis

Lélia, minha doce e gentil leitora, eu não sabia que você é uma "japonesinha" (nissei, provavelmente). Eu sou apaixonado pela cultura japonesa, exceto peixe cru. Tive um sonho de namora uma japonesinha, e até consegui, cujo o sobrenome é Yamamoto ("ao pé da montanha"). E ela era o que chamam de "boneca oriental", extremamente sorridente e polida, voz doce, suave, baixa. Um encanto de garota. Lamentavelmente não fomos adiante... Enfim, outro sonho meu é o de conhecer o Japão. Mas não pense que estou interessado em Tóquio, Kobi ou qualquer outra grande cidade nipônica. Não, não, não! Quero ir para uma cidadezinha do interior, com aqueles pequenos riachos que descem das belíssimas montanhas, e viver, por um momento, o tradicional viver dos nativos, coisas assim. Japão e Irlanda são os ÚNICOS lugares que desejo conhecer, depois de meu Nordeste. NENHUM outro mais. Enquanto isso não acontece, vou ficando aqui, dentro de minha rede de dormir, vendo filmes de Akira Kurosawa (tenho cerca de 10 filmes seus), de Yasujiro Ozu (que adoro seus trabalhos, tenho 15 filmes seus), entre outros diretores japoneses. AMO o cinema japonês. Aliás, em minha Filmoteca Ben Johnson tenho mais de 60 filmes envolvendo o universo japonês, mesmo sendo de cineastas ocidentais, como John Houston (com "O Bárbaro e a Gueixa" / 1958), Daniel Mann (com "A Casa de Chá do Luar de Agosto" / 1956), Joshua Logan (com "Sayonara" / 1957), David Lean (com "A Ponte do Rio Kwai" / 1957), Clint Eastwood (com "Cartas de Iwo Jima" / 2006), Edward Zwick (com "O Último Samurai" / 2003) entre outros, principalmente durante a Segunda Guerra Mundial. Mas não se preocupe, conheço a "narrativa" (palavra que está na moda) americana, e portanto sei separar as coisas - o soldado japonês foi o melhor e mais disciplinado durante aquela guerra insana. A propósito, tio Sam(uel) sente muita dificuldade em reconhecer essa parte. Para que você saiba, os quatro grandes estrategistas daquela loucura, para mim, são: Zhukov (1896-1974), Patton (1885-1945), Rommel (1891-1944) e Yamamoto (1884-1943). Quando li a biografia do almirante Isoroku Yamamoto, fiquei impressionado com sua grandiosidade como gente: sua sabedoria, obediência, determinação, competência e simplicidade. Agora você imagine, o comandante-em-chefe da Imperial Marinha Japonesa, uma das mais importantes e temida naquela época, sair de sua casa, à noite, procurando pequenos parques de diversões, na periferia de Tóquio, apenas para matar sua vontade de comer bolinhos de arroz (Onigiri), por não ter tido a oportunidade durante sua miserável infância lá em sua aldeia, a então pequena Nagaoka, na província de Niigata. Em depoimento registrado no livro, seu ex-Ajudante de ordens disse que JAMAIS se conformou, vendo aquela cena, partindo do terceiro homem (depois do imperador Hirohito e do primeiro-ministro Tojo) na hierarquia da guerra. Enfim, o filme "A Partida" (2008), de Yojiro Takita, belíssimo sob todos os aspectos, tem lugar de destaque em meu acervo de pouco mais de 2 mil DVDs. Ah, o filme brasileiro "Corações Sujos" (2011), de Vicente Amorim, também está aqui. Os 5 DVDs que compõem a série televisiva "Shogun" (1980), de Jerry London é uma vaidade minha à parte. Também li o livro de James Clavell (dois volumes com 600 páginas cada), de onde a série se originou. Sim, eu desejo saber mais sobre sua viagem à Terra do Sol Nascente. "Gézuiz", falei demais. Desculpe a empolgação!

Carinho... E Kon'nichiwa!

💐🌵

Chico Potengy
Enviado por Chico Potengy em 27/08/2024
Reeditado em 30/08/2024
Código do texto: T8138231
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