Deixa a Luz do Sol Entrar: Um filme sobre a busca do amor.
Eu não sou daqueles que assistem filmes só pelo ator, mas sempre paro pra ver Juliette Binoche em ação. É incrível como todos os diretores dos filmes dela parecem fazer questão de exibi-la nua.
"Deixa a Luz do Sol Entrar" tem um tema banal, por isso mesmo de extrema importância: a busca do amor. Nessa película, Binoche interpreta Isabelle, uma pintora bem-sucedida que mora em Paris, cuja independência aparente oculta o que ela mais deseja na vida: encontrar o amor verdadeiro.
Sua primeira tentativa se deu com um ótimo partido para muitos: um banqueiro. Só que ele é um boçal e casado, dizendo a ela que nunca abandonará sua esposa para ficar com ela. Além disso, Isabelle é incapaz de alcançar o orgasmo com ele, exceto quando utiliza a seguinte técnica, a de se dizer constantemente que ele é um babaca.
A segunda tentativa foi com um ator, que também é casado e está se separando. Durante o encontro deles, ficaram conversando apenas sobre trabalho, e Isabelle estava entediada desejando que fossem para seu apartamento. Ela já imaginava que esse encontro não iria dar em nada, quando o ator decide descer do carro para visitá-la. Eles passam a noite juntos, e ele foi muito legal com ela, mas, no outro dia, para sua frustração, ele diz a ela que se arrepende de ter ido para a cama com ela tão cedo, deixando-a arrasada.
O terceiro candidato foi alguém fora de seu meio que a tirou para dançar certa vez numa boate, e os dois tiveram uma química imediata. Mas, como um de seus amigos disse que esse relacionamento não iria dar em nada, porque são de universos diferentes – ele é humilde, e ela é uma artista bem-sucedida – as palavras desse amigo ficaram em sua cabeça. Ele as expressou para esse companheiro que, mesmo indignado, quis ficar com ela, mostrando que era um bom parceiro. No entanto, Isabelle seguiu o conselho do seu amigo e não levou adiante o relacionamento.
Paralelo a todos esses relacionamentos, ela continua se relacionando sexualmente com seu ex-marido, pai da sua filha de 10 anos, que demonstra preocupação por observar sua mãe diversas vezes chorando sozinha pelos cantos da casa.
Por último, ela tenta se relacionar com um dono de galeria, que fisicamente é diferente dela por ser negro. Ele também está se separando e não está muito disposto a embarcar em outro relacionamento, apesar de ser muito gentil com Isabelle.
Desesperada com todas essas frustrações, Isabelle procura um vidente, um cartomante interpretado por George Diperdieu, que a aconselha sobre cada relacionamento. Fala para ela que ainda aparecerá um amor mais duradouro na vida dela. Mas, o mais importante, aconselha que ela deve cuidar de si mesma e 'deixar a luz do sol entrar'.
Como podem observar, é um tema banal, mas de suma importância. Não é um dos filmes mais memoráveis que assisti; pelo contrário, é facilmente esquecido. De todos que vi pela plataforma MUBI e com Juliette Binoche, este foi o mais fraco. No entanto, ele propõe uma boa reflexão de que, às vezes, o amor verdadeiro não está necessariamente no nosso meio de convívio e pode estar em outro lugar, onde menos esperamos.