Carol: Um Romance “Proibido”

Na Nova Iorque dos anos 50, Therese, uma simplória funcionária com um lindo cabelo chanel que trabalha em uma loja de departamento, se apaixona por Carol, uma mulher bem mais velha e casada.

 

Carol é uma mulher finíssima, deslumbrante, elegante, de personalidade forte. Therese, por outro lado, é frágil, delicada, pobre, apesar do tipo de beleza dela ser aquela clássica que eu acho bonita numa mulher. A amizade entre as duas e o romance são muito improváveis.

 

O filme começa com as duas jantando. Depois, retrocede para mostrar como Therese viu Carol pela primeira vez.
 

Ela foi até a loja de departamento comprar uma boneca para sua filha, mas o brinquedo já tinha esgotado. Para não sair de mãos vazias, Therese a convence a comprar um trenzinho para a filha dela no lugar da boneca. Após fazer a aquisição, Carol acaba esquecendo suas luvas na loja, e Therese dá um jeito de encontrar o endereço dela para devolvê-las. Em agradecimento, Carol a convida para jantar junto com ela.

 

Vale ressaltar que as duas, pelo que consta, são predominantemente heterossexuais. Carol estava quase se divorciando, mas é casada, apesar do filme insinuar que ela tinha uma amante mulher.

 

E Therese tinha um namorado, meio insípido e boçal, com quem nunca se deitou, inclusive, mas eles se beijavam corriqueiramente. Além disso, ela teve um breve lance com um jornalista que era uma espécie de estagiário do New York Times.

 

De volta à trama, Carol convida Therese para umas férias junto com ela. No Natal, ela dá uma câmera de presente para ela. O marido de Carol repele totalmente essa amizade. Enquanto isso, a briga pela custódia da filha se torna acirrada. Durante a viagem, a relação entre Carol e Therese se aproxima cada vez mais ao ponto da atração sexual, e as duas acabam passando a noite juntas. Mas, para o desespero de Carol, o marido dela gravou toda a relação das duas para usar isso no julgamento de custódia da filha dela.

 

Em uma certa manhã, Carol abandona Therese. Quem aparece para ficar com ela é a amiga de Carol e amante dela de longa data, Abby Gerhard. Ela diz para Therese que Carol foi embora para sempre. O que se segue daí é que as duas se separaram, ficam um bom tempo sem se falar.

 

Therese, finalmente, consegue um bom emprego de fotógrafa no New York Times, aluga um bom apartamento, mobilia sua casa, e vai indo muito bem. Até que certo dia, Carol resolve mandar uma carta para Therese pedindo um encontro. A garota aceita. Então, o filme volta para o começo, que é o almoço entre Therese e Carol. Carol fala que a ama e a convida para morar com ela. Nesse momento, aparece um amigo de Therese e a chama para passar o Ano Novo com eles. Ela vai com esse grupo, mas durante toda a festa fica introspectiva, pensando em Carol. Então ela espera acabar a confraternização e vai ao encontro de Carol, que está jantando com um grupo de amigos. E é isso, eis toda a história.

 

As atuações tanto da Cate Blanchett quanto da Rooney Mara foram muito intensas, o que rendeu a Mara o prêmio em Cannes de melhor atriz. O filme e a história em si eu achei fracos. Mas o romance é envolvente ao explorar os desafios enfrentados por relacionamentos considerados socialmente inaceitáveis na época. Ao assistir o filme, fica evidente meu preconceito, porque achei o filme muito bonito. Isso porque eram duas mulheres lindas se relacionando. Até achei que o filme poderia ser um pouco mais como "Azul é a Cor Mais Quente", if you know what I mean. Mas se fossem dois caras, na mesma trama, eu acharia ridículo, feio e jamais veria. Preconceitos. No final, eu dou nota 6,5.

Dave Le Dave II
Enviado por Dave Le Dave II em 19/01/2024
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