Pecado Original

Se eu gosto de dizer que tenho bom gosto, então, por que eu assisto a filmes ruins? Bem, "Pecado Original" não é ruim, mas tampouco é bom. É mediano pra baixo. Isso porque mais parece um melodrama de novela mexicana, tanto na história quanto na estética. E é com Antonio Banderas, que aqui está a cara do Miguel de "Rebeldes" (sim, eu assistia, é bem da minha época) e Angelina Jolie, que sempre me pergunto se ela sabe atuar além de ser linda e ter um corpo deslumbrante. Mas nesse filme, ela está correta.

 

O filme começa com uma confissão de Angelina Jolie, que interpreta Bonnie Castle, feita a um padre. Ela está sendo condenada à morte. Na confissão, revela por quê. Ela se casou com o personagem de Antonio Banderas, Luis Antonio Vargas, um comerciante rico de café, assumindo a identidade de outra mulher, chamada Julie Russell. Ele fez Vargas acreditar que ela, Bonnie, era na verdade Julie, já que Vargas só havia se correspondido com Julie através de cartas. Mais pra frente é revelado que Bonnie é uma atriz itinerante e que, junto com um comparsa, Walter Downs, matou Julie para que Bonnie assumisse seu lugar. Isso tudo é dito na confissão.

 

Acontece que Julie casa-se com Vargas apenas com a intenção de roubar todo o seu dinheiro, trama elaborada pelo seu comparsa. Ela rouba toda a grana e some. Adiante, Walter Downs usa seu talento de ator para passar por um detetive que aparece para Vargas, dizendo que seria capaz de achá-la. Vargas o contrata, planejando matá-la, sem saber que era apenas um disfarce. Quando Vargas finalmente a encontra, ela revela sua verdadeira identidade, a de Bonnie. Ele diz que a ama, e os dois reatam.

 

Em seguida, Vargas mata o detetive para proteger Bonnie, mas a bala era de festim. Bonnie então planeja, junto com Walter Downs, envenenar Vargas para que os dois prossigam juntos, pois ele foi o primeiro amor de Bonnie. Mas Vargas acaba seguindo Bonnie quando foi se encontrar nos seus passeios com seu amante e escuta todo o plano. Mesmo assim, desiludido, Vargas decide tomar o café envenenado. No final, aparece Walter Downs para conferir se ele morreu mesmo, e Vargas acaba o matando, mas quem dá os últimos tiros é a própria Bonnie, que chama um médico para socorrer Vargas.

 

Então, aparece Bonnie contando toda essa história para o padre, e ela usa seu poder de sedução para fazer o padre trocar de roupa com ela. Usando desse artifício, ela escapa da prisão. E a cena final mostra Bonnie e Vargas jogando poker. Ela o ajuda a trapacear no jogo dando sinais a ele. Os créditos sobem. Achei-o razoável, talvez porque o filme é fácil de entender, apesar de ser contado de trás para frente. Ele se propõe a ser um thriller erótico, mas as cenas sensuais são cafonas, lembrando mais "Cine Privê". Se eu o resenhei, foi para ter o que escrever e porque gosto de escrever. Aliás, desde que comecei a escrever sobre filmes, só não escrevi sobre três que assisti, caso tenham curisiodade: "O Assassino", de David Fincher, Cassandra's Dream, de Woody Allen, e "Instinto Selvagem", dirigido por Paul Verhoeven, esse sim, um thriller erótico de qualidade.

 

Dave Le Dave II
Enviado por Dave Le Dave II em 10/01/2024
Reeditado em 10/01/2024
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