Crônica de filme: Dirty Dancing
Seguindo minha atual tendência de assistir romances, hoje foi a vez de um grande clássico: “Dirty Dancing”. E clássico é clássico. Este filme é conhecido não apenas por sua icônica trilha sonora, com a música “(I’ve Had) The Time of My Life”, mas também pela incrível química entre os atores. E ele não me desapontou.
O filme conta a história de Baby, uma jovem de 17 anos, bonita, delicada e sensual, que sempre busca ajudar os outros. Orgulho da família, ela é a típica filhinha do papai, cujo pai é um médico muito conservador. Durante as férias em um resort nas montanhas, Baby conhece Johnny, um instrutor de dança do resort, que a ensina a se soltar, se expressando através de uma dança mais sensual.
O envolvimento emocional entre eles não demora a acontecer.
Além do romance envolvente, o filme destaca-se por explorar temas como a quebra de barreiras sociais e abordar questões sociais, como a luta contra estereótipos e preconceitos. Um exemplo inicial é a apresentação de Baby ao filho elitista do dono do hotel, que mantém apenas funcionários altamente graduados em seu resort. Apesar de suas tentativas de impressionar, o rapaz não conquista o coração de Baby. Ele se apresenta como um estereótipo de bom partido. Para ilustrar, o rapaz chega ao ponto de afirmar para ela que, caso os pais de Baby soubessem de seu interesse, agradeceriam a Deus por encontrarem um pretendente tão destacado. Afinal, ele era desejado por inúmeras hóspedes do hotel, ou mesmo pelos próprios pais.
Outro ponto relevante é o personagem Robbie Gould, aparentemente promissor ao estudar medicina em Harvard. No entanto, suas atitudes revelam sua falta de integridade ao engravidar Penny, funcionária do resort, e recusar-se a ajudá-la financeiramente para a visita ao médico. A intervenção de Baby, fornecendo recursos e o suporte do pai de Baby, evita que Penny fique desamparada.
- Escrevendo agora, percebo que eu não sei escrever resenhas sobre filmes, porque eu acabo contando praticamente o filme todo, mas enfim…-
A narrativa, ao abordar a não aceitação do pai de Baby em relação ao instrutor de dança, Johnny, devido à sua posição social inferior, enriquece a trama com uma dimensão social mais profunda.
Porque tudo indicava que o personagem Robbie Gould, que será médico, era para ser idôneo, enquanto Johnny, mero instrutor de dança, era apenas um mulherengo que vive às custas das mulheres.
Em suma, “Dirty Dancing” se destaca não apenas pela marcante química entre os personagens principais, Baby e Johnny, e pela sensualidade das danças, mas também pela crítica aos estereótipos. O filme desafia expectativas, invertendo papéis sociais e tornando-se um marco não só no gênero de filmes de dança, mas como um fenômeno cultural. Sua narrativa envolvente, belas coreografias de dança e mensagem atemporal continuam a encantar espectadores ao longo das décadas, como foi o meu caso ao assisti-lo pela primeira vez ontem.