Minha resenha da série DOUTOR HOUSE!
Apaixonado por séries e, sendo um devorador voraz, pela segunda vez, maratono a série House, M.D. que foi ao ar pela Fox no ano de 2004. Aqui no Brasil ela chega com o nome Dr. House. A série dispensa apresentações detalhadas pois, foi aclamada pelo mundo todo desde o lançamento, com uma série que cativa exponencialmente um público amante da arte e do entretenimento, dentre eles, eu, claro! Empolgado com as narrativas científicas com ar policial e já com saudades de Suits, resolvi voltar os meus olhos novamente e finalmente ao famigerado Doutor House. Segue minha leitura do episódio piloto.
O que o episódio piloto nos apresenta é um gênio da medicina (House), vivido expressivamente por Hugh Laurie com um trauma a ser tratado. Para lidar com seu trauma questões éticas são postas à prova, principalmente a dessensibilização do médico. A relação médico versus paciente é vista de ângulos diferentes: uma medida humana e sensível por sua equipe e uma medida desumana e científica pelos olhos do gênio.
Pacientes são gado na mão de House, ele sente-se livre para realizar quais experimentos e não demonstra qualquer empatia pelo ser humano que atende.
Me soa como um confronto entre as visões éticas de Kant e Aristóteles, sobretudo quando os limites da mentira são colocados à prova e isto é em tempo integral.
O cenário que compõe a realidade divide-se entre as certezas científicas da medicina lastreadas pela biologia e química orgânica e as motivações humanas, num confronto permanente entre o biológico e psicológico Hugh Laurie deixa claro logo de início que será aquele tipo sisudo, superior aos seus pares e inflexível. Um gavião tentando vôo sem asas, forçado a viver num galinheiro. É quase um pedido de clemência aos mais inteligentes com os medíocres.
A fotografia é técnica, mas trabalha bem as emoções com closes expressivos e inexpressivos. A música não chama atenção de início. A edição é outro trabalho meramente técnico. As emoções ficam por conta do roteiro e do elenco. O elenco, por sua vez, é mediano, apenas Hugh Laurie se destaca (pelo menos no piloto).
O roteiro é forte, demora um pouco para começar mas tem um desenvolvimento veloz e a emoção é garantida nas surpresas e na tensão do “erro médico“.
A série de David Shore carrega aquele ar policial de CSI e foi esta a razão pela qual experimentei assisti-la. Maratonei a série, pela segunda vez e, agora, quando acabo de assistí-la; e, volto-me para The BlackList (Lista Negra) também, pela segunda vez, acompanhado pelo meu fiel escudeiro Daniel Cronemberger.
Quem ainda não viu, recomendo. Vale muito apena, principalmente, quem cursa medicina; curte romance, e muita encrenca. Série perfeita, completa e incrível! Tem começo, meio e fim! Não tem enrolação, perda de personagens por motivos fúteis e/ou externos e todas as temporadas são maravilhosas... você pode até ter uma preferida, mas todas são igualmente geniais.