BOHEMIAN RHAPSODY (2018)

Para quem gosta de biografias de artistas, músicos e produções musicais o filme 'Bohemian Rhapsody' (2018) é daqueles que sintetizam a história do protagonista e sua banda de uma forma precisa e bem condensada. Confesso-lhe que não sou fã de carteirinha da banda Queen, daquele que tem um pôster colado numa parede de seu quarto ou daquele que é o primeiro a comprar o ingresso de pré-venda para o show; contudo reconheço e admiro a genialidade de Freddie Mercury e a grandeza do grupo, desde a sua fundação em 1970 até seu finado em 1991. De início, em suas apresentações, era notória que Freddie Mercury — cujo nome verdadeiro de nascimento é Farrokh Bulsara —tinha todas as características de um vocalista inato de altíssimo nível. Sua personalidade ousada cativava o público e os seus colegas da banda. Inobstante a sua carreira musical tenha sido envolta de algumas controvérsias, nada disso lhe tira o mérito de ter contribuído para revolucionar o gênero rock e R&B/soul assim como ter ajudado a alavancar a banda no início de sua formação, então chamada Smile.

Uma cena peculiar do filme foi quando, já no auge do sucesso, Freedie cria a canção chamada "Bohemian Rhapsody", com seis minutos de duração. Acreditando que a música faria um sucesso, o vocalista propõe que ela seja o single do próximo disco da banda (A Night at the Opera). Entretanto, o executivo da gravadora EMI daquela época, Ray Foster, discorda completamente da decisão por achá-la excêntrica e demasiadamente longa. Freedie e Ray trocam farpas, o que acaba levando os Queen a romperem com a gravadora; adiante, Freedie leva a música para ser tocada na rádio pelo seu amigo, o DJ Kenny Everett. E acaba se tornando um sucesso.

Algumas curiosidades do longa me chamaram a atenção. Por exemplo, a primeira delas foi a representação do Brasil na apresentação do Queen no Rock in Rio de 1985. 'Love of My Life' (canção a qual Freedie escreveu em homenagem à Mary Austin, com quem teve um longo relacionamento no início dos anos 70 e que manteve uma forte amizade até a sua morte, em 1991), cantada para uma plateia de 250 mil, é retratada no filme e está na trilha sonora. No entanto, no filme, passa-se em 1981, ano em que o Queen até esteve no Brasil, mas não para o festival, mas para dois concertos em São Paulo, no estádio do Morumbi. A segunda curiosidade foi a gravação do show épico da banda no Live Aid, de 1985, em Wembley. A produção do filme replicou a apresentação em Bovingdon, a cerca de 43km de Londres. Nesse ínterim, o trânsito em torno contou com ínumeras restrições já que a circulação de veículos aumentaria por conta do trabalho da equipe. Colaboraram cerca de 800 figurantes; o trabalho destinado para a ampliação do público — de 800 para 72mil! — ficou por conta do departamento de efeitos especiais.

E realmente assistindo essas cenas, por alguns instantes, parecia que tudo aquilo soava como real. Sendo breve, elenco outras curiosidades: a demissão do diretor Bryan Singer(correu o boato de que ele agrediu Rami Malek) substituído por Dexler Fletcher nos últimos 16 dias de filmagens; a mentira contada pelo ator Ben Hardy, que interpreta o baterista Roger Taylor, que disse saber tocar bateria quando na verdade não sabia; um dos maiores guitarrista do mundo, Brian May, possuir um phD em Astrofísica, etc. Por fim, o filme faz jus ao que prometera, tendo uma boa aceitação da crítica. Não à toa levou para casa quatro estatuetas no Oscar 2019 nestas categorias: melhor ator para Rami Malek, melhor edição, melhor edição de som e melhor mixagem de som.

Deixe nos comentários qual a sua música favorita do Queen.

Pedro Viegas
Enviado por Pedro Viegas em 14/03/2023
Reeditado em 21/07/2023
Código do texto: T7740108
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