Taxi Driver - Resenha

Lançado em 1976, Taxi Driver se mostrou bem competente tendo quatro indicações ao Oscar. Escrito pelo cineasta Paul Schrader, dirigido pelo premiado Martin Scorsese ( The Aviator), é um filme que dispensa elogios.

O longa conta a história de Travis Bickle (Robert De Niro), um ex- fuzileiro naval de vinte e seis anos, que ao se ver lutando contra o tédio e a insônia se candidata ao cargo de taxista noturno na cidade de Nova York.

Ao dirigir seu táxi pelas ruas, nas noites de Nova York, Travis se vê incomodado pela vadiagem e pela prostituição, o que ele mesmo nomeia como a sujeira e escória, e que espera ser limpa logo das ruas da cidade.

Em suas horas vagas, para passar o tempo, Travis escreve um diário e vai a um cinema de filmes pornográficos.

Em meio a toda escuridão da cidade, Travis um dia vê Betsy (Cybill Shepherd ), uma jovem que o encanta. Ela trabalha no QG de Charles Palentine, um senador que está se candidatando a presidente. Para Travis, Betsy é o contraste, a luz em meio a todas as atrocidades que ele vê pela noite em seu oficio.

Travis entra no QG de Palentine, e usa a desculpa de que quer ser voluntário na campanha para convidar Betsy para um café. Ela aceita o convite e assim eles têm um primeiro encontro. No segundo encontro, Travis, em sua ingenuidade leva Betsy a um cinema pornográfico, o que deixa a jovem incomodada e gera assim o fim do curto relacionamento.

Numa noite, Travis vê entrando em seu táxi Iris (Jodie Foster), uma garota de programa de doze anos e meio, num momento de fúria, fugindo de seu cafetão Sport (Harvey Keitel). O cafetão consegue persuadir a garota e tirá-la do táxi, e dá ao taxista uma nota amarrotada.

Iris, com sua delicadeza, desperta em Travis o desejo de se tornar um herói, ou um anti-herói, e salvar a garota de sua vida de humilhação. A partir de então o taxista se vê cada vez mais solitário e furioso.

A pressão vai afunilando a situação de Travis, o que culmina num final apoteótico, que certamente irá mudar para sempre a vida de nosso protagonista. Não vou entrar em detalhes para não estragar a experiência daqueles que ainda não assistiram a essa obra-prima da sétima arte.

O filme nos faz refletir sobre o que passa um ex-guerrilheiro tentando se reintegrar à sociedade e até que ponto um psicótico solitário com sede de fazer justiça com as próprias mãos pode chegar.

A trilha sonora (Bernard Herrmann), um jazz sofisticado, reforça ainda mais a atmosfera densa do filme.

Com certeza o longa é obra obrigatória para todo cinéfilo que se preze.

Higor Santos
Enviado por Higor Santos em 05/05/2022
Reeditado em 06/05/2022
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