O Caso Collini.
* Apenas para quem já assistiu: Sob risco de comprometer o encantamento das próprias avaliações.
Um jovem advogado (Elyas M`Barek) contratado propositalmente para perder vexaminosamente a ação, sobressai -se dos gravetos (visto que nem houve tempo para o fogo do labor torná-lo cinzas). Demonstra lucidez e não se subjuga às suas dores ou dívidas do passado. Luta pelo que acredita, supera barreiras e por que não, as mazelas familiares. Prevalece a ética.
Se abstrairmos a expectativa romântica de que a justiça prevalecerá e o mocinho triunfará, tudo fica bem! Há um nítido amadurecimento do rapaz, e realização do réu (Franco Nero) que "vive" em função desta dor.
Interessante a fuga do clichê romântico visto que não estabeleceu este vínculo com a irreverente e polivalente entregadora de pizza. Ao mesmo tempo em que traz uma esposa de marido ausente, suscetível à pureza, beleza, ética e determinação do aprendiz.
indo além, nota-se ainda uma desconstrução da imagem paterna. Tanto do pai rejeitado, quanto do inatingível professor admirado até chegar ao pai adotivo que o patrocinou. Eis o crescimento : passou ter seu próprio olhar.
O filme é baseado em dados reais, com julgamento do mesmo tema, e traz a persistente crueldade nazista que sempre nos assombrará. Destaco ainda as expressões nítidas de perplexidade do ator (jovem advogado) dispensando frases óbvias.
É um entretenimento saboroso e instigante !
"O verdadeiro discípulo é aquele que superar o mestre" Aristóteles.