O ELO PERDIDO episódio 10: o perfume de Holly
O ELO PERDIDO episódio 10: o perfume de Holly
Miguel Carqueija
O foco dos episódios de “A terra perdida” (isto é, “O elo perdido” na versão brasileira) varia num revezamento entre dinossauros, “sleestaks” e “pakus”, principalmente. Neste episódio 10 o tiranossauro Grump está excepcionalmente ativo, mas o foco está nos três pakus, os pequenos antropoides, especialmente Cha-Ka. Este e seus dois companheiros são atraídos pelo perfume que Holly deixou cair na sua jaqueta. No fim até o Grump se deixa atrair pelo perfume e simplesmente come a jaqueta – uma solução bizarra.
São histórias meio bobas mas que agradaram muito na época, tanto que “O elo perdido” virou referência. Os criadores de “Lost” podem até não querer admitir, mas eles devem ter assistido.
Resenha do episódio 10 (primeira temporada) do seriado de televisão "O elo perdido" (Land of the lost), “O paku que veio para o jantar” (The paku wo came to dinner). Crofft Productions, EUA, 1974-1976. Criação e produção dos irmãos Sid e Marty Crofft. Co-produção: Dennis Steinmetz. Direção: Bob Lally. Roteiro: Barry Blitzer. Desenhista de caracteres: Wah Chang. Animação: Peter Kleinow, Gene Warren Jr. e Harry Walton. Música: Jimmie Haskell. Tema: Linda Laurie, M. Jimmie Haskell. Fotografia: Tom Lindner. Produção executiva: Albert J. Tenzer. Co-criação: Allan Foshko.
Elenco:
Rick Marshall............. Spencer Milligan
Holly Marshall............ Kathy Coleman
Will Marshall.............. Wesley Eure
Cha-Ka....................... Phillip Paley
“Vocês nunca ouviram falar sobre a Convenção de Genebra?”
(Holly Marshall)
Talvez tenha havido excesso de economia no seriado. O que estavam fazendo na balsa que os levou para outra dimensão? Poderiam ter bagagem com mudas de roupa e não teríamos de ver a Holly, capítulo após capítulo, usando aquela blusa vermelha e quadriculada de manga comprida, dormindo com ela e tudo, será que não cheirava a suor? Idiossincrasias como essa fazem de “The lost land” uma dessas séries que de tão ruins chegam a ser boas. Ou seja, ela é divertida, simpática, passa valores de família, mas a trucagem é bem fraca e os enredos, cheios de furos. Antigamente dizia-se que isso é “brega”.
Rio de Janeiro, 16 de dezembro de 2021.