A viagem ao Pólo Norte
Resenha do filme "A la conquete du pole" (A conquista do Polo). França, Star Film e Pathé Freres, 1912, aproximadamente 44 minutos. Produção: Georges Melies e Charles Pathé. Direção e roteiro: Georges Melies. Música: Eric Leguen. Com Georges Meliés e Fernande Albany como a líder das "suffragettes".
Engraçadíssima, como curiosidade, esta média-metragem de George Meliés, que não deixa de ser uma ficção científica primitiva, com interpretações espalhafatosas e várias mudanças de cor no filme. Consta que se inspira no célebre romance de Júlio Verne "O Capitão Hatteras", que trata justamente da viagem ao Pólo Norte. Só que o filme não tem nada a ver com o livro.
Os truques são extraordinariamente toscos, quando a ação se passa para o ar; pois um aeroplano se dirige ao Pólo Norte com sere tripulantes: o Professor Mabouloff (George Meliés) representante da França e os demais, de mais seis países, reparem os nomes: Run-ever (Inglaterra), Bluff "Allo" Bill (Estados Unidos), Choukroutman (Alemanha), Cerveza (Espanha), Tching-Tchun (China) e Ka-Ko-Ku (Japão).
Aparecem dezenas de aeronaves enchendo a atmosfera, que a certa altura se confunde com o espaço cósmico, com cometas, signos zodiacais, uma grande e sofisticada baboseira aos olhos modernos. Até figuras humanas aparecem além de um escorpião gigante (o signo do Escorpião).
Tem o burlesco episódio das "suffragettes", movimento da época, de mulheres que queriam obter (e nada mais justo) o direito ao voto. O seu protesto invadindo a reunião, já de si ridícula, dos aeronautas, é hilariante.
O pior é o aparecimento de um gigante canibal lá no Pólo Norte, que não se sabe do que vivia. Com certeza, por economia de recursos, ele é visto só em sua parte de cima, pois surge de um buraco.
São de fato coisas do cinema primitivo. George Meliés deixou uma obra bizarra e, ao que se sabe, em sua maior parte perdida; ao todo mais ou menos 500 títulos.
Resenha do filme "A la conquete du pole" (A conquista do Polo). França, Star Film e Pathé Freres, 1912, aproximadamente 44 minutos. Produção: Georges Melies e Charles Pathé. Direção e roteiro: Georges Melies. Música: Eric Leguen. Com Georges Meliés e Fernande Albany como a líder das "suffragettes".
Engraçadíssima, como curiosidade, esta média-metragem de George Meliés, que não deixa de ser uma ficção científica primitiva, com interpretações espalhafatosas e várias mudanças de cor no filme. Consta que se inspira no célebre romance de Júlio Verne "O Capitão Hatteras", que trata justamente da viagem ao Pólo Norte. Só que o filme não tem nada a ver com o livro.
Os truques são extraordinariamente toscos, quando a ação se passa para o ar; pois um aeroplano se dirige ao Pólo Norte com sere tripulantes: o Professor Mabouloff (George Meliés) representante da França e os demais, de mais seis países, reparem os nomes: Run-ever (Inglaterra), Bluff "Allo" Bill (Estados Unidos), Choukroutman (Alemanha), Cerveza (Espanha), Tching-Tchun (China) e Ka-Ko-Ku (Japão).
Aparecem dezenas de aeronaves enchendo a atmosfera, que a certa altura se confunde com o espaço cósmico, com cometas, signos zodiacais, uma grande e sofisticada baboseira aos olhos modernos. Até figuras humanas aparecem além de um escorpião gigante (o signo do Escorpião).
Tem o burlesco episódio das "suffragettes", movimento da época, de mulheres que queriam obter (e nada mais justo) o direito ao voto. O seu protesto invadindo a reunião, já de si ridícula, dos aeronautas, é hilariante.
O pior é o aparecimento de um gigante canibal lá no Pólo Norte, que não se sabe do que vivia. Com certeza, por economia de recursos, ele é visto só em sua parte de cima, pois surge de um buraco.
São de fato coisas do cinema primitivo. George Meliés deixou uma obra bizarra e, ao que se sabe, em sua maior parte perdida; ao todo mais ou menos 500 títulos.