CULPADA episódio 8: a vingadora contra o piromaníaco

CULPADA episódio 8: a vingadora contra o piromaníaco
Miguel Carqueija

Assistimos aqui um episódio verdadeiramente sensacional, eletrizante, onde o clima de suspense atinge o pináculo. É aqui que ocorre o confronto decisivo entre Meiko Nogami, a vingadora, e Mizoguchi Takeru, o assassino piromaníaco. E no meio deles Mashima Takuro, o policial sensível, melancólico e depressivo que se incomoda demais por não conseguir evitar as desgraças que acompanham as pessoas à sua volta.
E mais uma vez ele chegará tarde.



Resenha do episódio 8 do seriado japonês “Guilty: akuma to keiyakushita onna” (Culpada: a mulher que fez pacto com o demônio”): “Confissão: amor, eu sou uma assassina”. Meteor Dramas, Japão, 2010. Produção: Inada Hideki, Yamazaki Junko e Sano Takumi. Chefe de produção: Yoshijo Hideki. Roteiro de Okubo Tomomi e Hirano Yu, com base em história de Aizawa Tomoko. Direção: Kabayashi Yoshimori e Ueda Yasushi. Música: Sumitomo Norihito.
Elenco:
• Kanno Miho........................................ Nogami Meiko
• Tamaki Hiroshi..................................... Mashima Takuro
• Kichise Michiko ....................................... Enomoto Mari
• Rikiya ...................................................... Kadokura Ryo
• Moro Morooka ......................................... Miwa Shuhei
• Nagae Yuuki .............................................Fujii Masaru
• Yokoyama Megumi ..................................Osanai Kotomi
• Takizawa Saori ........................................ Yabe Ayano
• Hamada Akira ...........................................Kitamura Yoshikazu
• Namioka Kazuki .......................................Suganuma Toshiya
• Kanai Yuta ............................................... Mizoguchi Takeru
• Iwamoto Masuyo ...................................... Nogami Chizu
• Mikami Kensei ......................................... Tsurumi Masato
• Karasawa Toshiaki ...................................Dojima Keichi
Yamazaki Yuta ............. Kanaya Fuminori

• Yoshida Kotaro ............. Ukita Hajime




“Enomoto-san: você tem vivido uma vida feliz, certo? Mesmo que nunca tenham duvidado de você... é fácil para você suspeitar dos outros.”
(Meiko Nogami)

“Eu sei que você se sente responsável, mas se você matar Mizoguchi o ódio e a amargura não desaparecerão. A dor continuará a aumentar muito mais do que está agora.”
(Meiko Nogami para Mashima Takuro)

“Eu não estou dizendo que ele deve ser perdoado. Ele deve pagar com a vida pelo que ele fez.”
(Meiko Nogami para Mashima Takuro)

“Chegue a tempo, Mashima.”
(Dojima Keichi)

“Você não está sozinha.”
(Mashima Takuro para Meiko Nogami
​​​


A pontuação dramática de “Guilty” é perfeita. Veja-se, por exemplo, que o ódio do detetive Mashima só vai aumentando depois que o incendiário Mizoguchi mata e fere seus colegas, sendo ele próprio e Meiko Nogami, além de Enomoto Mari, vítimas de agressões violentas. E as coisas vão se ligando, quando se descobre a relação entre o psicopata drogado e o tenebroso policial Ukita que, sabe-se agora, é o cérebro perverso por trás da iníqua condenação de Meiko, 15 anos atrás. Mas quando Mashima tem a chance de eliminar Mizoguchi a sangue frio, Meiko o impede, atracando-se com o policial. O tenso diálogo entre a jovem e o detetive é pontuado pelos códigos utilizados por Meiko: Mashima não deve se tornar um assassino, trair as pessoas que nele confiam, a vingança não acalmará sua dor... no entanto Mizoguchi devia ser punido, pagar com a vida pelos seus crimes. E só depois, quando Meiko some do seu local de trabalho, e parte de carro para destino ignorado, Mashima entende o que ela quis dizer: “Eu já sou uma assassina, não tenho nada a perder, portanto deixe Mizoguchi comigo”.
A vingadora, que já eliminou quatro homens (quatro dos culpados pelo seu martírio, condenada injustamente pelo assassinato de dois parentes) e se considera uma assassina, está indo ao encontro de Mizoguchi.
É antológica a sequência do confronto entre a vingadora e o monstro. E por trás de tudo, o misterioso e onipresente repórter Dojima Keishi, que aparece quando menos se espera, parece ter assistido a tudo.

Rio de Janeiro, 9 de agosto de 2021.