Judas e o Messias Negro
O filme dirigido por Shaka King, com o roteiro do mesmo em parceria de Will Berson. Da Warner Bros, mostra a ascensão e queda de um jovem ativista dos Panteras Negras. Com a penas 21 anos Fred Hampton (Daniel Kaluuya) se destaca em organizar o movimento contra a repressão policial. Assim ele chama a atenção do FBI comandado por Edgar Hoove.
O contexto da história se passa em Chicago. E conta a visão de dentro do grupo político negro, através do agente infiltrado do FBI William O' Neal (LaKeith Stanfiels), que para escapar de uma condenação por assalto a carros resolve trabalhar para o governo e vira um informante do governo.
Vencedor do Oscar em 2021 nas categorias melhor ator coadjuvante e melhor canção original o enredo mostra o dia a dia desse grupo revolucionário que lutava contra um sistema opressor capitalista.
É impressionante e emocionante ver como os EUA nação que supostamente é democrática sendo mostrada realmente como é um sistema que esmaga quem busca mudanças.
O objetivo do governo norte-americano é silenciar opositores e esse jovem surgia forte como voz que poderia abalar as estruturas sociais. E foi assassinado dentro de casa. Depois, anos se passaram e o poder público teve que pagar uma indenização a família pela violência cometida pelo Estado. O Agente infiltrado cometeu suicídio quando o documentário sobre o tema estreou na década de 1990.
A reflexão nos leva a analisar como a estrutura que tece todo nosso tecido social trabalha para transformar lideres revolucionários em terroristas aos olhos do grande público. Ou seja, você deve ser oprimido, massacrado, e se você tentar se proteja ou revidar é visto como rebelde, criminoso.
O filme com pouco mais de duas horas deixa essa marca de reflexão para a sociedade. Não devemos nos calar diante das injustiças que nos cercam todos os dias.