O CAPITÃO DE CASTELA, resenha
O CAPITÃO DE CASTELA, resenha
Miguel Carqueija
Produção do conhecido Darryl F. Zannuck, “O Capitão de Castela” é um drama épico que se insinua na epopéia de Cortez, o conquistador do México. Cortez de fato não costuma ser visto com bons olhos; a derrubada de um império indígena, dos Aztecas, só encontra justificativa em dois fatos, ignorados na película: 1) os aztecas realizavam horríveis sacrifícios humanos em sua religião; 2) povos indígenas do México, oprimidos pelos Aztecas, uniram-se aos espanhóis, nos quais viram libertadores.
Todavia isto não é assunto do filme, mas o drama do Senhor De Vargas (Tyrone Power), que foge da Espanha e da Inquisição, deixando para trás pai, mãe e noiva, que se refugiam na Itália. Quem o acompanha é uma empregada de estalagem, Catana (Jean Peters em seu primeiro papel), jovem muito bela e que se afeiçoa sinceramente ao fidalgo.
A história vai deixando pontas soltas e tem altos e baixos. Vargas passa por muitas situações difíceis, é um sujeito corajoso e determinado, e a distância da noiva (não havia internet naquele tempo) e o ambiente do Novo Mundo acabam por fazê-lo esquecer o noivado e casar com a jovem plebeia que, ao seu jeito humilde, sabe ser sedutora.
O que é um pouco difícil de engolir é que ela continua a chamá-lo de “Senhor”, e ele aceite isso, mantendo-se a distância social.
O Padre Bartolomeo Romeo, amigo de Vargas, é um dos personagens importantes da história, bem como o perturbado Juan Garcia e o inquisidor Diego de Silva — mas este como vilão é fraco.
Ao fim, a marcha para os domínios de Montezuma deixa a grande incógnita sobre o destino final (fatal?) dos diversos personagens deste desfecho. Muitos iriam morrer — talvez até o fictício herói, sua esposa e a criança.
Não é um grande filme mas pode ser assistido.
20th Century Fox, EUA, 1947. Produção: Darryl F. Zannuck. Direção: Henry King. Roteiro: Lamar Trotti, com base no romance de Samuel Shellabarger. Música: Alfred Newman. Fotografia: Arthur G. Arling.
Elenco:
Pedro de Vargas..........................Tyrone Power
Catana Perez...............................Jean Peters
Hernán Cortés.............................Cesar Romero
Juan Garcia..................................Lee J. Cobb
Diego de Silva..............................John Sutton
Don Francisco de Vargas..............Antonio Moreno
Padre Martolomeo Romero.........Thomas S. Gomez
Rio de Janeiro, 7 de novembro a 9 de dezembro de 2020.
O CAPITÃO DE CASTELA, resenha
Miguel Carqueija
Produção do conhecido Darryl F. Zannuck, “O Capitão de Castela” é um drama épico que se insinua na epopéia de Cortez, o conquistador do México. Cortez de fato não costuma ser visto com bons olhos; a derrubada de um império indígena, dos Aztecas, só encontra justificativa em dois fatos, ignorados na película: 1) os aztecas realizavam horríveis sacrifícios humanos em sua religião; 2) povos indígenas do México, oprimidos pelos Aztecas, uniram-se aos espanhóis, nos quais viram libertadores.
Todavia isto não é assunto do filme, mas o drama do Senhor De Vargas (Tyrone Power), que foge da Espanha e da Inquisição, deixando para trás pai, mãe e noiva, que se refugiam na Itália. Quem o acompanha é uma empregada de estalagem, Catana (Jean Peters em seu primeiro papel), jovem muito bela e que se afeiçoa sinceramente ao fidalgo.
A história vai deixando pontas soltas e tem altos e baixos. Vargas passa por muitas situações difíceis, é um sujeito corajoso e determinado, e a distância da noiva (não havia internet naquele tempo) e o ambiente do Novo Mundo acabam por fazê-lo esquecer o noivado e casar com a jovem plebeia que, ao seu jeito humilde, sabe ser sedutora.
O que é um pouco difícil de engolir é que ela continua a chamá-lo de “Senhor”, e ele aceite isso, mantendo-se a distância social.
O Padre Bartolomeo Romeo, amigo de Vargas, é um dos personagens importantes da história, bem como o perturbado Juan Garcia e o inquisidor Diego de Silva — mas este como vilão é fraco.
Ao fim, a marcha para os domínios de Montezuma deixa a grande incógnita sobre o destino final (fatal?) dos diversos personagens deste desfecho. Muitos iriam morrer — talvez até o fictício herói, sua esposa e a criança.
Não é um grande filme mas pode ser assistido.
20th Century Fox, EUA, 1947. Produção: Darryl F. Zannuck. Direção: Henry King. Roteiro: Lamar Trotti, com base no romance de Samuel Shellabarger. Música: Alfred Newman. Fotografia: Arthur G. Arling.
Elenco:
Pedro de Vargas..........................Tyrone Power
Catana Perez...............................Jean Peters
Hernán Cortés.............................Cesar Romero
Juan Garcia..................................Lee J. Cobb
Diego de Silva..............................John Sutton
Don Francisco de Vargas..............Antonio Moreno
Padre Martolomeo Romero.........Thomas S. Gomez
Rio de Janeiro, 7 de novembro a 9 de dezembro de 2020.