A DEUSA NEGRA episódio 12: confronto generalizado

A DEUSA NEGRA episódio 12: confronto generalizado
Miguel Carqueija

Tendo finalmente deparado com seu irmão Reishin, Kuro não obtém resposta à pergunta de porque ele havia assassinado a própria mãe. Reishin é arrogante e não demonstra amor pela “Terra Sagrada” de onde os mototsumitamas vêm. Kuro, que várias vezes falara em matá-lo, tenta enfrentá-lo mas, dependendo da “sincronização” com Keita, não consegue sustentar a luta por muito tempo quando seu parceiro cai sem forças e em risco de morrer. A súbita chegada de Kuraki, Yakumo, Steiner e Excel dá a Kuro a chance de escapar levando Keita. Agora a luta será entre Steiner e Reishin, ambos com poderes assustadores.
A violência nesta série, presente em diversas sequências, está no limite do tolerável, abaixo do que se vê em “Cavaleiros do Zodíaco” e outros animês de baixa qualidade. Podemos observar que tudo gira em torno de uma pessoa que por natureza é bondosa: a mototsumitama Kuro, que pertence a uma raça oculta numa terra protegida por uma barreira invisível, como uma outra dimensão encravada em nosso planeta. Embora os combates entre diversos personagens se façam com poderes energéticos eles se manifestam com golpes físicos, assim o nível de violência não recomenda a série para crianças, mas não chega a ocorrer nada de chocante para quem tem mais idade. O próprio caráter fantástico das lutas impede um excesso de violência gráfica. Mesmo a morte de Steiner não quebra o limite. O personagem central Keita por sua vez está longe de ser violento, e ele adquiriu profunda lealdade para com Kuro, embora a princípio não a quisesse por perto. “Kurokami” (“deusa negra”) segue um certo clichê presente em muitas fantasias, quando coloca determinada ameaça como se fosse a única importante e que ameaça o mundo, a única que interessa aos heróis combater (esse clichê se observa também em “Harry Potter” por exemplo: a Harry e seus amigos só importa combater Voldemort e seus aliados).


Resenha do capítulo 12 do seriado japonês de animação "Kurokami" (A deusa negra), "Batalha". Estúdio Sunrise, Japão, 2009. Direção: Tsuneo Kabayashi. Roteiro: Reiko Yoshida. Música: Tomohisa Ishikawa. Com base no mangá sul-coreano de Lim Dall Young (história) e Park Sung Alô (arte). Editora Square Enix, revista Young Gangan, em 19 volumes.

Elenco de dublagem:
Kuro...,,.......................................Noriko Shitaya
Keita Ibuki..................................Daisuke Namikawa
Akane Sano................................Sayaka Ohara
Punipuni.....................................Yumi Touma
Excel....,.....................................Yukari Tamura
Steiner.......................................Joji Nakata
Yakumo......................................Hirofumi Nojima
Reishin....................Katsuiyuki Nobichi
Daisi Kuraki (Sawamura) .....Satochi Hino


“Por que fez aquilo à nossa mãe e ao nosso mundo?”
(Kuro)


A prosa de Reishin por ter derrotado Steiner (e Excel sobrevive gravemente atingida) termina quando, já desgastado por dois combates, é atacado por Sawamura e Raiga, na disputa de poder, sendo ao que parece derrotado de vez. Ou seja, diversos elementos agindo por conta própria entraram em choque neste episódio. Mas a “deusa negra” do título (Kurokami), negra só pelo nome (Kuro) pois é amarela, quando irá atingir seu verdadeiro poder, já que seu resultado em combate nem sempre é satisfatório? Algo nos diz que ela ainda vai atingir um nível mais elevado em seu poder de combate. Por outro lado, Kuro possui inocência e doçura, fato que suaviza a violência da série.

Rio de Janeiro, 3 de abril de 2021.