O ELO PERDIDO episódio 1: em terra de dinossauros

"O elo perdido" é o título colocado no Brasil para o seriado norte-americano "Land of the lost" (A terra perdida), que foi produzido entre 1974 e 1976, com três temporadas, a história sendo posteriormente retomada. Durante algum tempo foi muito popular.
Entretanto podemos facilmente detectar as deficiências da série. Era porém uma série infantil, com truques baratos e argumento tosco. Mas uma série limpa e inocente, uma inocência que em geral o cinema, mesmo de tv, perdeu.
A história parece começar já começada, exceto pela vinheta musical de abertura. Tudo começa quando o guarda florestal Rick Marshall, com seu filho adolescente Will e a filha de 12 anos Holly, viajando de barco num rio, são pegos por um terremoto que os lança numa outra dimensão ou época, um mundo de dinossauros e seres pré-hominidios. A cena é tão primária como os episódios do Flash Gordon da década de 30.
Mas quando entra o episódio os três já estão instalados numa caverna, para onde fogem na corrida ao serem perseguidos pelo tiranossauro a que chamam de Grump. O bicho é ridículo e, como se percebe, produto da animação chamada "stop-motion" ou bonecos colocados posição por posição para fazer o fotograma. Nem imagino o trabalho que isso dá.
O outro elemento que aparece é Cha-Ka, da tribo dos pakus - na verdade um menino humano caracterizado, Phillip Paley.

Resenha do episódio 1 (primeira temporada) do seriado de televisão "O elo perdido" (Land of the lost), "Cha-Ka". Crofft Productions, EUA, 1974-1976.  Criação e produção dos irmãos Sid e Marty Crofft. Direção: Dennis Steinmetz. Desenhista de caracteres: Wah Chang. Animação: Peter Kleinow, Gene Warren Jr. e Harry Walton. Música: Jimmie Haskell. Fotografia: Tom Lindner. Produção executiva: Albert J. Tenzer.  Co-criação: Allan Foshko.

Elenco:
Rick Marshall............. Spencer Milligan
Holly Marshall............ Kathy Coleman
Will Marshall.............. Wesley Eure
Cha-Ka....................... Phillip Paley


"Queria que isso fosse um sonho, e quando acordassemos estaríamos em casa."
(Holly Marshall)

A série é muito divertida, com a presença da garota de blusa comprida quadriculada, Holly, com seu jeito de atrevida e discussões com o irmão mais velho.
Todavia tem coisas difíceis de aceitar, como o fato de estarem sempre com a mesma roupa e irem dormir sem nem tirar os sapatos (pois quando acontece alguma coisa afastam as cobertas e levantam inteiramente vestidos). É estranho, não? O tiranossauro move-se como permite a animação, e tem uma cara muito lisa. Entretanto os Marshall procuram tratar bem o jovem Cha-Ka machucado, embora seja outra raça, e começam um processo de aprendizado misto de idiomas. E para o público infantil é uma coisa positiva, transmite a tolerância entre diferentes e até mostram o feroz tiranossauro como um zangadinho frustrado, que nunca pega os humanos por mais que os persiga.

Rio de Janeiro, 11 de março de 2021.