A DEUSA NEGRA episódio 8 – a “pedra sagrada”

A DEUSA NEGRA episódio 8 – a “pedra sagrada”
Miguel Carqueija

Quando Keita procura seu avô em Okinawa, procura ocultar o que realmente o traz ali com Kuro, Akane e o cachorrinho Punipuni. Mas toda a sua circunspecção vai por água abaixo quando a ingênua poderosa Kuro bate com a língua nos dentes e vai falando tudo. Muito ocupado com seus treinos de caratê, o ancião acaba não ligando muito por Keita não lhe querer esclarecer as coisas. Mas quando o trio se afasta um pouco pelo mato, apenas explorando a região, é atacado por duas irmãs ninjas, que julgam tratar-se de inimigos. Logo ficam sabendo de uma tragédia ocorrida não faz muito tempo. Aquela gente havia sido exterminada por elementos que buscavam se apropriar da “pedra sagrada”. Lógico que para conseguir que elas se explicassem Kuro precisou derrotá-las numa briga feia. O que fica no ar é como é que coisas assim podiam acontecer nas proximidades da residência de campo do avô, sem que este aparentemente soubesse, pois nada avisara.
Mas entre as idiossincrasias comuns dessas histórias é não serem os detalhes bem amarrados.


Resenha do capítulo 8 do seriado japonês de animação "Kurokami" (A deusa negra), "Tribo Hiba". Estúdio Sunrise, Japão, 2009. Direção: Tsuneo Kabayashi. Roteiro: Reiko Yoshida. Música: Tomohisa Ishikawa. Com base no mangá sul-coreano de Lim Dall Young (história) e Park Sung Alô (arte). Editora Square Enix, revista Young Gangan, em 19 volumes.

Elenco de dublagem:
Kuro...,,.......................................Noriko Shitaya
Keita Ibuki..................................Daisuke Namikawa
Akane Sano................................Sayaka Ohara
Punipuni.....................................Yumi Touma
Excel....,.....................................Yukari Tamura
Steiner.......................................Joji Nakata
Yakumo......................................Hirofumi Nojima
Makana......................................Eri Sendai
Nam.........,.................................Yukana
Reishin......................................Katsuyuki Konishi
Daishi Kuraki.............................Satoshi Hino
Yuki Kaionji...............................Satsuki Yukino
Raiga.........................................Eiji Miyashita
Hiyo............................................Kenji Hamada
Shinobu Nanase.........................Yumi Touma
Mikami Hojo.............................,.Yuko Kaida


“A pedra sagrada da nossa terra é a coisa mais importante para um mototsumitama.”
(Kuro)


O massacre da Tribo Hiba é um fator de complicação na história. Keita porém não conseguiu um adiantamento na sua investigação: o que significa a fotografia onde sua mãe aparece em Okinawa, talvez já depois de haver morrido, ou seja, seria na verdade a sua “doppelganger” ou “outra eu”. Enquanto isso os inimigos de Kuro continuam suas maquinações que incluem a destruição da “kurokami” (deusa negra), que tudo o que deseja saber é porque seu irmão, no mundo à parte onde viviam, praticou um massacre entre os seus, matando inclusive a mãe de ambos.
É comum em histórias ou sagas de fantasia a construção de todo um universo ficcional de poderes que podem mudar ou controlar o mundo. Ou algum outro mundo. As narrativas de Nárnia, Terramédia, Hogwarts, vão nessa linha. Por vezes porém a construção é algo arbitrária ou inconsistente. É o que acontece nessa série de “mototsumitamas”, “tribal ends”, “doppelgangers” e outros conceitos meio sem pé nem cabeça. O que realmente ajuda a acompanhar a história é a simpatia e a extrema ingenuidade da Kuro, que com seus poderes de combate pode ser mortífera, mas em circunstâncias normais não mata nem um inseto. É uma figura engraçadíssima.

Rio de Janeiro, 11 de janeiro de 2021