DARK (SÉRIE DA NETFLIX)

Sem sombra de dúvida DARK é uma das melhores séries já exibidas pela Netflix. É o programa ideal para quem adora histórias que usam a ficção científica como pano de fundo para questões filosóficas. Eu estou no começo da segunda temporada e posso dizer que DARK é um trabalho bem realizado, com uma história bem amarrada, cheia de reviravoltas, e que prende a sua atenção do primeiro ao último episódio.

Criada por Baran Bo Odar, que dirige a maior parte dos episódios e Jantse Friese, responsável pelo roteiro, a série, a primeira produção original alemã da Netflix, estreou com a promessa de ser uma das mais sombrias do serviço de streaming, e de fato ela conseguiu realizar esse feito. A trama tem como cenário uma pequena cidade industrial chamada Winden, onde está localizada uma usina nuclear em processo de desativação. O desaparecimento misterioso de um menino nas proximidades dessa usina dá início a uma onda de estranhos eventos, envolvendo viagens no tempo, Conspirações atemporais e assassinatos. O espectador é apresentado a personagens complexos, com bastante potencial para serem desenvolvidos. O elenco, que os interpreta, realiza um trabalho acima da média. É perceptível a dedicação com que os atores se entregam aos seus respectivos papéis. DARK possui uma história que à primeira vista parece confusa, já que há uma grande quantidade de informações, reviravoltas e personagens preenchendo cada episódio. Na verdade a trama construída por Jantse Friese não é confusa, e sim complexa. É claro que essa complexidade pode gerar problemas de compreensão em pessoas menos atentas, mas só em tais casos é que isso pode ocorrer, porque a série entrega perguntas e respostas na medida certa, facilitando bastante o entendimento de quem a assiste. O ritmo, nem muito lento, nem muito rápido, evita a sobrecarga de informações ao espectador que, assim, compreende perfeitamente o que está vendo na tela. DARK realmente faz jus ao título que tem, uma vez que o trabalho de fotografia, apresentando uma iluminação fraca e azulada em contraste com cores fortes, potencializa o clima sombrio e sufocante presente nas cenas.

Eu estou devorando essa série vorazmente, como nunca fiz com nenhuma outra. A cada episódio sempre me pego refletindo sobre as questões que DARK levanta de forma implícita ou explícita, e que até agora não conseguimos responder. Duas delas são: Qual é o sentido da nossa existência? E para onde iremos?

Bia Borges
Enviado por Bia Borges em 20/07/2020
Código do texto: T7011210
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