Clair Obscur (filme): claro e obscuro
Um filme em forma de denúncia.
Denúncia de uma vida oprimida, um feminino construído em forma de objeto. Mulheres sufocadas pelo patriarcado tosco e violento.
A música do filme é o silêncio e o choro.
O silêncio e o choro das mulheres para com a violências vividas/impostas pelos homens.
Aparentemente, numa sociedade forjada sobre a força do braço egocêntrico masculino. Mulheres forte e resistentes a dor e humilhação. Ao mesmo tempo, mulheres capazes de transformar, com as mesmas armas, toda a profunda tristeza e opressão em ação. Entre os restos as mulheres conseguem achar uma saída, uma linha de fuga do opressor. Não por acaso o filme se encerrar em movimento. Talvez uma mensagem para a necessária mudança das relações forjadas a fogo e ferro obscuras e sobreviventes nas sombras a procura de claridade. O filme “Clair Obscur” é uma narrativa intensa das varias facetas das violências contra as mulheres. Duas histórias que denunciam muitas outras ainda silenciadas. Como essas relações sufocadas e silenciadas se mantém? Quais dobras se constituem nestas relações?