CANAAN episódio 8: a voz mortal

CANAAN episódio 8: a voz mortal
Miguel Carqueija

Uma cantora sobe a um palco ao ar livre e começa a executar um número musical diante de pequena multidão. Enquanto canta uma jovem de vestido verde comprido, até então silenciosa, lembra da canção e começa a cantarolar em voz baixa. Ali perto estão Canaan e Oosawa Maria, divertindo-se. Mas então todas as pessoas começam a se sentir mal, com fortes dores na cabeça. Hakko, a jovem que está morando com Santana, esqueceu que não pode falar nem cantar, sua voz é mortífera por causa dos ultra-sons. Este o drama da mutante da lendária vila destruída pelo vírus UA.
Ela para de cantar e o mal-estar misterioso cessa. Canaan porém já puxara Maria para fugirem do local. Canaan está angustiada porque não consegue mais enxergar nas pessoas as auras que lhe fornecem os sentimentos. Apesar disso ela ainda consegue perceber, de algum modo, a bondade que emana de Maria. Essa bondade contagiante que afastou Canaan do destino de ser uma matadora.


Resenha do episódio 8 (Voz) do seriado japonês de animação “Canaan” (Kanan). Estúdio PAWorks, 2009. Criação de Kinoto Nasu e Takashi Takeuchi com base em seu jogo “428: Shibuya scramble”. Direção: Masahiro Andõ. Produção: Hiroshi Kawamura, Jiro Ishii, Kei Fukura, Kenji Orikawa, Shigeru Saitõ, Yaswhi Õshima. Roteiro: Mari Okada. Música: Hikaru Nanase.

Elenco de dublagem original:

Canaan..................................Miyuki Sawashiro
Alphard al Sheya...................Maaya Sakamoto
Oosawa Maria.......................Yoshino Nanjo
Minoru Minorikawa (Mino)...Kenji Hamada
Siam.......................................Akio Õtsuka
Liang Qi..................................Rie Tanaka
Yunyun...................................Haruka Tomatsu
Cummings..............................Toru Okawa
Santana..................................Hiroaki Hirata
Hakko.....................................Mamiko Noto
Yuri Natsume.........................Junko Minagawa
Kenji Oosawa.........................Atsushi Ono
Jin (taxista).............................Joji Nakata


“Já me afastei para poder julgá-la.”
(do tema de abertura, Canaan referindo-se a Alphard)

“Ouça o riso do ceifador.” (*)
(do tema de abertura)

“Toda essa história é uma experiência com as pessoas?”
(Mino)

“Não sei nem o que tem de bom ou ruim em mim.”
(Maria)

“Mas você brilhava.”
(Maria referindo-se ao seu primeiro encontro com Canaan)

“Mesmo sem conseguir ver as suas cores, eu ainda consegui sentir a sua bondade.”
(Canaan para Maria)


Este episódio é muito importante porque, após os vários desentendimentos que tiveram, Santana e Mino finalmente estão trabalhando juntos. Mino, como repórter, quer descobrir a verdade sobre a vila que desapareceu. Santana decide ir lá no seu furgão, lá onde no passado ele participou da matança daquela população que foi contaminada pelo vírus. E apesar da opinião do pai farmacêutico de Maria, descobridor do antídoto, algumas pessoas resistiram ao vírus e permaneceram vivas, como Yun Yun com uma cauda de coelha, Hakko com a voz mortal e vítimas com marca em forma de aranha nas costas.
Levando Hakko, eles chamam Canaan e Maria e lá vão os cinco. Mas no caminho aparece Yun Yun numa bicicleta, desejosa de ir junto.
Finalmente o cenário muda de Xangai para a “vila que desapareceu”, onde teve início o drama que separou duas irmãs de criação (Canaan e Alphard) num conflito de ódio. E Alphard, Cummings e Liang Qi também estarão lá...

Rio de Janeiro, 10 de fevereiro de 2020.

(*) ceifador: no original "shinigami", gênio da morte no folclore japonês, mais ou menos equivalente à "banshee" irlandesa ou à tradicinal figura ocidental da morte com sua foice.