A MORTE TE DÁ PARABÉNS (2017)
O diretor Cristopher Landon conseguiu, com três longas da franquia ATIVIDADE PARANORMAL, dar um novo vigor ao já batido e rebatido gênero Found Footage, popularizado com o filme A BRUXA DE BLAIR. Pois, em A MORTE TE DÁ PARABÉNS ele consegue repetir o feito, utilizando temas bastante explorados anteriormente por outras produções ( uma pessoa que fica presa num loop temporal, jovens fugindo de um psicopata mascarado), e o resultado é algo interessante, que mais diverte do que assusta.
A trama acompanha as desventuras de uma estudante universitária (Jessica Rothe) que descobre estar presa numa aberração temporal, que a faz acordar várias vezes no mesmo dia em que foi brutalmente assassinada. À medida que esse dia vai se repetindo, ela vai acumulando experiência e informações no intuito de descobrir a identidade do assassino.
O mérito de A MORTE TE DÁ PARABÉNS está no fato de não se levar a sério além do necessário, e de conseguir misturar as duas coisas, O gênero Slasher Movies e o tema do loop temporal, sem cometer exageros, sem a pretensão de retirar algo novo dessa mescla, o que seria infrutífero. O gore está ligado no mínimo, o sangue esguicha com parcimônia. Landon prefere valorizar a sonoplastia exagerada e as técnicas de iluminação para dar sustos divertidos no espectador. São métodos que foram muito utilizados nas produções de terror da década de 90 e começo dos anos 2000, e que Landon reciclou, obtendo um resultado acima da média. A MORTE TE DÁ PARABÉNS é a prova cabal de que ainda é possível assistir a um bom filme de horror e sair leve e não perturbado da sala de projeção.