Coringa

Existe predisposição para o mal? Somos sujeitos do nosso tempo?A sociedade fria e excludente, determina nosso destino? Onde está o limite de um ser humano para suportar bullying, desprezo, chacota?Até onde vamos em busca dos nossos sonhos? Quantos "não" suportamos e seguimos em frente?

Em uma Gotha Citty marcada pela calamidade pública de super ratos que infestam os esgotos e invadem as casas, aparece a figura de um palhaço; um contador de piadas fracassado, com seu caderno de stand dup, sem graça. Passado misterioso. A docilidade de um ser atormentado pela esquizofrenia, além de uma mãe paranóica por Tomas Wayne.

A cidade com criminalidade alarmantes, Artur Flack, um ser humano lunático, perturbado, mas ainda alguém que tem sonhos, ideais e no decorrer do tempo tem seus desejos apagados e destruídos pela sociedade desigual. Os ricos de um lado e toda uma "escória" do outro.

A interpretação magistral de Joaquim Phoenix, nos leva a mergulhar nesse personagem já tão antigo da DC Comics, o anti-heroi da saga Batman. Dos quadrinhos para as telas do cinema, ainda nos tempos de Batman e Hobin nos anos 60. Coringa foi interpretado por vários atores; César Romero Jack Nickson, Heath Ledger e Jared Leto.

Qual perigo de termos um criminoso mais humanizado? Na verdade ninguém é herói e nem bandido, nem Coringa e nem Batman, nem Moro e nem Cabral. Todos seguimos com defeitos, medos, falhas, erros, acertos e quedas.

Nem todo mundo se torna um serial Killer, ou assassino de aluguel. Todos temos escolhas, de superar, de melhorar, de seguir adiante, ou se revoltar e culpar os outros.

Se estamos vendo um mundo errado, podemos ir as ruas protestar, se mobilizar para mudar o estado das coisas, mas não fazer justiça com as próprias mãos.

O diretor Todd Phillips quis mostrar como Coringa virou o rei do crime de Gothan, mas que ele poderia ter buscado opções diferentes. O suicídio é um caminho errado, mas descontar na sociedade também não é certo. Existe a música do Raul Seixas que diz Tente Outra Vez.

Todos nós já fomos machucados pela vida e pelas pessoas. Quantas vezes tínhamos sonhos e os assassinos fracassados nos disseram que não podíamos alcançar? Nossos pais, colegas de escola, amigos do bairro, parentes.

Muitas vezes éramos puros e fomos corrompidos, mas podemos com muito esforço busca vencer para nós mesmos sermos felizes.

Em algum momento do filme Coringa parece um transgressor em busca de mudar a situação e virar uma referência contra o "fracasso", mas no fim ele se mostrou alguém fascinado pela morte e pela vingança.

Sua risada descontrolada é a marca registrada dessa película super bem feita.

Carlos Emanuel
Enviado por Carlos Emanuel em 16/10/2019
Reeditado em 16/10/2019
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