Sociedade dos poetas mortos
A mão jamais esconderá o sol! A expressão artística é ínsita ao humano. Basta ver que o Nazismo buscou, na Grécia Antiga, o ideal do belo para fundamentar a superioridade da raça ariana e sua pureza. Por outro lado, a Revolução Islâmica não conseguiu frear o belo em sua gente, que se serviu da caligrafia como elemento de transcendência e verbalização artística.
Nesse contexto, cabe ao docente estimular o estudante a utilizar a língua portuguesa como elemento de viva comunicação, de leitura (o que se relaciona imediatamente ao pensar), escrita e oralidade.
Ariano, inclusive, dizia ser o vernáculo "matéria prima" do seu trabalho. Defendeu a união do erudito ao popular. Isso pode ser trabalhado pelo professor de língua portuguesa e literatura.
Hoje, no Brasil, o grande problema é que as pessoas pensam pensar. Não percebem que seus pensamentos são manipulados por distintas ideologias "plantadas" pela "pseudointelectualidade". Nos últimos vinte anos, a juventude foi privada do estudo clássico. Um país que desconhece o passado não tem condições mínimas de refletir criticamente o presente, quão menos, projetar perspectivas críveis para o futuro.
A leitura transforma o pensar, consequentemente, o agir. Pensamento autônomo implica agir como ser pensante, o que foi fortemente evidenciado no filme A SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS.
Pensar criticamente acarreta questionar as imposições sociais, comportar-se como agente transformador, o que traz consequências. Toda mudança, naturalmente, provoca abalos ao "status quo". Não obstante, como a lei cósmica universal é o progresso, as transformações ocorrerão, sendo a educação fio condutor do processo, que pode ocorrer lentamente ou não.
Finalmente, o filme evidencia como é importante sentir o "carpe diem". Cabe ao professor de língua portuguesa e literatura administrar as interações passado-presente-futuro em contexto histórico pós-moderno, plural e de riscos nas palavras de Bauman e Edgar Morin. E mais: Thoreau, Clarice Lispector, Guimarães Rosa, Machado de Assis, Graciliano Ramos, Camus...