LOST episódio 2: o mistério avança
LOST episódio 2: o mistério avança
Miguel Carqueija
Na segunda parte do filme piloto, os personagens principais vão demonstrando mais quem e o que são. Há de fato uma certa dificuldade em conciliar o número de envolvidos (pelo que foi dito, 48 sobreviventes) com o que é possível mostrar. Assim, só uns 14 vão aparecendo com destaque. Pelo menos no início, mesmo assim foi preciso roteirizar com habilidade.
Sawyer, por exemplo, é um personagem fascinante pelo seu aspecto cinicamente sinistro. Um sujeito que tem aparentemente uma grande dose de frieza e segurança, mas que não é muito bem visto pelos outros, aliás ele vai logo tendo uma briga com Sayid, o iraquiano. E este, pertencera ao exército do Iraque ao tempo da Guerra do Golfo. Mas ninguém pode culpar ninguém por ser de uma nação considerada inimiga, aliás a guerra cessara há anos. Quanto a Kate, sabe-se agora que ela viajou algemada e sob custódia de um policial, o homem que agora jaz no chão, ainda vivo mas com um fragmento de destroço do avião enterrado em seu abdome, obrigando o Dr. Jack a realizar em precárias condições um procedimento de emergência. E quando recupera os sentidos a primeira coisa que o policial fala é: “Onde está ela?”. Já Charlie, aquele da banda de rock, numa das cenas de reminiscência a bordo do avião, mostra ser um viciado em heroína. Tem gente bem problemática nessa história, já se vê.
Resenha do episódio 1 (Pilot 1) do seriado de televisão “Lost”. Touchstone Television, EUA, 2004. Produção executiva: J.J. Abrams, Damon Lindelof e Bryam Burk. Produção: Sarah Caplan. Roteiro: J.J. Abrams e Damon Lindelof. Supervisão dos efeitos especiais: Kevin Blank. Direção: J.J. Abrams. Música: Michael Giacchino. Fotografia: Larry Fong.
Elenco: Naveen Andrews (Sayid Jarrah), Emilie De Ravin (Claire Littleton), Matthew Fox (Dr. Jack Shepard), Jorge Garcia (Hugo “Hurley” Reyes), Maggie Grace (Shannon Rutherford), Josh Holloway (James Ford), Daniel Dae Kim (Jin Kwon), Yunjin Kim (Sun Kwon), Evangeline Lillly (Kate Austen), Dominic Monaghan (Charlie Pace), Terry O’ Quinn (John Locke), Harold Perrineau Jr. (Michael Dawson), Ian Somerhalder (Boone Carlyle), L. Scott Caldwell (Rose Henderson).
“Toda expedição precisa de um covarde.”
(Charlie Pace)
“Gente... onde estamos?”
(Charlie Pace)
Muitas coisas estranhas já vão acontecendo neste episódio. O aparecimento de um urso polar em ilha tropical assume o caráter de verdadeiro absurdo e dá uma deixa para desconfiar ainda mais de Sawyer, pois estando na mata em exploração com cinco outros, ele revela estar de posse de arma de fogo mas ao mesmo tempo vira o herói do dia, matando o urso que vinha em ataque. A presença do urso polar é um grande mistério, mas pior ainda talvez sejam as mensagens gravadas, captadas por Sayid num aparelho receptor, que mostram estar alguém na ilha há 16 anos... um balde de água fria em quem pensava num rápido resgate.
Este clima de terror psicológico explica facilmente porque este seriado causou tanta sensação.
Rio de Janeiro, 22 de agosto de 2019.
LOST episódio 2: o mistério avança
Miguel Carqueija
Na segunda parte do filme piloto, os personagens principais vão demonstrando mais quem e o que são. Há de fato uma certa dificuldade em conciliar o número de envolvidos (pelo que foi dito, 48 sobreviventes) com o que é possível mostrar. Assim, só uns 14 vão aparecendo com destaque. Pelo menos no início, mesmo assim foi preciso roteirizar com habilidade.
Sawyer, por exemplo, é um personagem fascinante pelo seu aspecto cinicamente sinistro. Um sujeito que tem aparentemente uma grande dose de frieza e segurança, mas que não é muito bem visto pelos outros, aliás ele vai logo tendo uma briga com Sayid, o iraquiano. E este, pertencera ao exército do Iraque ao tempo da Guerra do Golfo. Mas ninguém pode culpar ninguém por ser de uma nação considerada inimiga, aliás a guerra cessara há anos. Quanto a Kate, sabe-se agora que ela viajou algemada e sob custódia de um policial, o homem que agora jaz no chão, ainda vivo mas com um fragmento de destroço do avião enterrado em seu abdome, obrigando o Dr. Jack a realizar em precárias condições um procedimento de emergência. E quando recupera os sentidos a primeira coisa que o policial fala é: “Onde está ela?”. Já Charlie, aquele da banda de rock, numa das cenas de reminiscência a bordo do avião, mostra ser um viciado em heroína. Tem gente bem problemática nessa história, já se vê.
Resenha do episódio 1 (Pilot 1) do seriado de televisão “Lost”. Touchstone Television, EUA, 2004. Produção executiva: J.J. Abrams, Damon Lindelof e Bryam Burk. Produção: Sarah Caplan. Roteiro: J.J. Abrams e Damon Lindelof. Supervisão dos efeitos especiais: Kevin Blank. Direção: J.J. Abrams. Música: Michael Giacchino. Fotografia: Larry Fong.
Elenco: Naveen Andrews (Sayid Jarrah), Emilie De Ravin (Claire Littleton), Matthew Fox (Dr. Jack Shepard), Jorge Garcia (Hugo “Hurley” Reyes), Maggie Grace (Shannon Rutherford), Josh Holloway (James Ford), Daniel Dae Kim (Jin Kwon), Yunjin Kim (Sun Kwon), Evangeline Lillly (Kate Austen), Dominic Monaghan (Charlie Pace), Terry O’ Quinn (John Locke), Harold Perrineau Jr. (Michael Dawson), Ian Somerhalder (Boone Carlyle), L. Scott Caldwell (Rose Henderson).
“Toda expedição precisa de um covarde.”
(Charlie Pace)
“Gente... onde estamos?”
(Charlie Pace)
Muitas coisas estranhas já vão acontecendo neste episódio. O aparecimento de um urso polar em ilha tropical assume o caráter de verdadeiro absurdo e dá uma deixa para desconfiar ainda mais de Sawyer, pois estando na mata em exploração com cinco outros, ele revela estar de posse de arma de fogo mas ao mesmo tempo vira o herói do dia, matando o urso que vinha em ataque. A presença do urso polar é um grande mistério, mas pior ainda talvez sejam as mensagens gravadas, captadas por Sayid num aparelho receptor, que mostram estar alguém na ilha há 16 anos... um balde de água fria em quem pensava num rápido resgate.
Este clima de terror psicológico explica facilmente porque este seriado causou tanta sensação.
Rio de Janeiro, 22 de agosto de 2019.