AVENGER episódio 12: a batalha final

AVENGER episódio 12: a batalha final
Miguel Carqueija

A sombria história da Vingadora chega ao seu assustador clímax. Com Nei ainda enferma, Layla Ashley finalmente se vê frente a frente com Volk, o ditador de Marte, que, impassível como sempre, declara que de nada se arrepende. Speedy pode apenas assistir ao desafio. Muito maior que Layla e ainda por cima com armadura nos braços, Volk parece invencível ainda que Layla seja uma grande lutadora. Surpreendentemente, porém, Westa, que como Volk é remanescente dos “Doze Originais”, discretamente torce pela Vingadora. Layla, fora um discreto sorriso sem mostrar os dentes, continua sendo uma pessoa sem expressão facial. Um verdadeiro enigma, porém fruto da tragédia que a enlutou na infância.
Volk se considera acima do bem e do mal. Ao mandar abater a nave que vinha da Terra, anos atrás, entendeu que estava defendendo a colônia marciana, já que considerava que a agonizante Terra havia abandonado Marte. Somente Layla sobrevivera... pois a nave era de imigrantes e não de soldados invasores.


R
esenha do episódio 12 (“Partida”) do seriado japonês de animação “Avenger” (Vingadora). Estúdio Beetrain/Xebec, 2003. Produção: Shinichi Ikeda, Kôji Morimoto e Tetsurõ Satomi. Direção: Koichi Mashimo. Música de Ali Project.
Elenco de dublagem:
Layla Ashley..................................Megumi Toyoguchi
Volk...............................................Hiroshi Yanika
Westa............................................Sumi Shimamoto
Nei.................................................Mika Kanai
Speedy...........................................Shinichito Yanaka
Garcia............................................Katsuyuki Konichi


“Volk me matou primeiro. Agora é a minha vez.”
(Layla Ashley)

“Tudo ficará bem, com certeza. Vá e vença. Você deve ser capaz disso.”
(Lady Westa)


Apesar de não manter conversações normais, sendo extremamente lacônica, e de não demonstrar emoções em sua fisionomia, Layla é uma personalidade complexa. Ela vive por uma única razão, e por isso se considera morta: “Volk me matou primeiro. Agora é a minha vez”, frase que encerra terrível ameaça. O passado trágico está sempre diante da jovem. Numa sociedade sem religião, o caminho da vingança parece inevitável. E nisso tudo, como pano de fundo, o beco sem saída desta humanidade transplantada para o mundo marciano. Um mundo sem recursos, sem florestas e rios, sem mares, com o povo sobrevivendo não se sabe como. E a misteriosa Lua Vermelha pairando como espada de Dâmocles no horizonte.
Poucas séries existem tão sinistras sem que quase nada aconteça. O clima lúgubre porém está onipresente.
Layla começa em grande desvantagem no duelo com Volk. Até o final deste episódio, porém, a luta permanece inconclusa mas dando a impressão de que Volk ganhará. É uma sequência de grande violência, embora a violência na verdade só apareça em picos ao longo do seriado.
O desfecho desta triste história será no capítulo seguinte.

Rio de Janeiro, 20 de agosto de 2019.