OS ONZE OLHOS episódio 11: terrificante desenrolar
OS ONZE OLHOS episódio 11: terrificante desenrolar
Miguel Carqueija
Uma das mais desconcertantes séries japonesas de animação que eu já assisti, “Os onze olhos” chega ao seu penúltimo episódio num cenário cada vez mais trágico, onde o terror atinge o seu clímax chegando quase à desesperança. Todavia, alguns detalhes estão confusos ou mal explicados, especialmente a referência ao “mundo de Yuka” que deveria ser o mesmo de Kakeru. Ou seja, a nossa Terra. Também a vida escolar de Kakeru, Yuka e Kusanabe parece ter ficado para trás, pois os protagonistas agora somente lutam. Mas agora a luta não é mais contra os Cavaleiros Negros, e sim contra a Bruxa da Babilônia que eles mantinham selada no mundo da Lua Vermelha. Liselotte Werkmaister, que há séculos mantém o desejo de lançar a Terra no inferno, destruindo o nosso mundo. Os mistérios finais deste mundo estão para ser revelados. Qual a relação entre Kakeru e o ancestral rei-guerreiro Velad, que faz lembrar o Vlad Teper da Transilvânia que seria o Conde Drácula? Por que Yuka libertou Liselotte do selo?
Resenha do capítulo 11 (A escolha da destruição) do seriado de animação “Eleven eyes” (onze olhos) – Estúdio Dogakobo, Japão, 2009. Direção: Masami Shimoda. Roteiro: Kenichi Kanemaki. Título original japonês: “Tsumi to batsu to aganai no shôjo” (“Pecado, danação e expiação da garota”). Baseado em jogo eletrônico desenvolvido por Lass em 2008.
Elenco de dublagem:
Kakeru Satsuki...............................Daisuke Ono
Yuka Minase..................................Mai Goto
Kaori Natsuki.................................Kaori Mizuhashi
Tadashi Teruya..............................Kouta Nemoto
Shiori Momono..............................Emiko Hagiwara
Kukuri Tachibana...........................Noriko Tachibana
Kusakabe Misuzu...........................Yuu Asakawa
Yukiko Hirohara..............................Oma Ichimura
Takahisa Tajima..............................Showtaro Morikubo
“Yuka, como pôde fazer isso?”
(Kakeru Satsuki)
“Aonde foram os corações que amavam?”
(Velad)
Uma cena mais forte e inesperada, mas velada pelo colorido avermelhado e sombrio da projeção, ocorre neste capítulo 11: o ato sexual entre Kakeru e Misuzu, quando esta, a maga taoista, declarando seu amor por Kakeru e sabendo que ele ama Yuka, explica que só obterão poder suficiente para enfrentar Liselotte se unirem seus corpos. A bem da verdade a cena é muito pudica e obscura, mas de utilidade duvidosa na trama. Em todo caso esta animação não tem nada de infantil, apesar de alguns personagens mais jocosos — o casal da escola, Kaori e Tadashi, reaparece de maneira fugaz, e ainda sem nada saber do drama vivido por Kakeru e seus amigos — é terror denso e enervante.
Mas tudo parece falhar diante do poder avassalador de Liselotte, quando ela se liberta do selo. A matança dos personagens prossegue, agora também morrem Superbia (Kusakabe Misao) e Avaritia, Shiori se mata para não permitir que Liselotte pegue seu fragmento, Yuka é dominada mentalmente. E mesmo os dois que ainda resistem, Kakeru e Misuzu, parece ser por pouco tempo. Liselotte quer o Olho de Aeon implantado na face de Kakeru, e que pode lhe completar o poder para jogar a Terra sobre o portal conhecido como Lua Vermelha. Pois Liselotte prometera há séculos a seu amado Velad, destruir a Terra, pois “não precisamos deste mundo”, que Velad já detestava pela quantidade de morte, violência e maldade.
Contra tudo isso, Liselotte fizera a escolha nihilista: a escolha da destruição.
Rio de Janeiro, 8 de agosto de 2019.
imagem de Liselotte, a Bruxa da Babilônia (pinterest)
OS ONZE OLHOS episódio 11: terrificante desenrolar
Miguel Carqueija
Uma das mais desconcertantes séries japonesas de animação que eu já assisti, “Os onze olhos” chega ao seu penúltimo episódio num cenário cada vez mais trágico, onde o terror atinge o seu clímax chegando quase à desesperança. Todavia, alguns detalhes estão confusos ou mal explicados, especialmente a referência ao “mundo de Yuka” que deveria ser o mesmo de Kakeru. Ou seja, a nossa Terra. Também a vida escolar de Kakeru, Yuka e Kusanabe parece ter ficado para trás, pois os protagonistas agora somente lutam. Mas agora a luta não é mais contra os Cavaleiros Negros, e sim contra a Bruxa da Babilônia que eles mantinham selada no mundo da Lua Vermelha. Liselotte Werkmaister, que há séculos mantém o desejo de lançar a Terra no inferno, destruindo o nosso mundo. Os mistérios finais deste mundo estão para ser revelados. Qual a relação entre Kakeru e o ancestral rei-guerreiro Velad, que faz lembrar o Vlad Teper da Transilvânia que seria o Conde Drácula? Por que Yuka libertou Liselotte do selo?
Resenha do capítulo 11 (A escolha da destruição) do seriado de animação “Eleven eyes” (onze olhos) – Estúdio Dogakobo, Japão, 2009. Direção: Masami Shimoda. Roteiro: Kenichi Kanemaki. Título original japonês: “Tsumi to batsu to aganai no shôjo” (“Pecado, danação e expiação da garota”). Baseado em jogo eletrônico desenvolvido por Lass em 2008.
Elenco de dublagem:
Kakeru Satsuki...............................Daisuke Ono
Yuka Minase..................................Mai Goto
Kaori Natsuki.................................Kaori Mizuhashi
Tadashi Teruya..............................Kouta Nemoto
Shiori Momono..............................Emiko Hagiwara
Kukuri Tachibana...........................Noriko Tachibana
Kusakabe Misuzu...........................Yuu Asakawa
Yukiko Hirohara..............................Oma Ichimura
Takahisa Tajima..............................Showtaro Morikubo
“Yuka, como pôde fazer isso?”
(Kakeru Satsuki)
“Aonde foram os corações que amavam?”
(Velad)
Uma cena mais forte e inesperada, mas velada pelo colorido avermelhado e sombrio da projeção, ocorre neste capítulo 11: o ato sexual entre Kakeru e Misuzu, quando esta, a maga taoista, declarando seu amor por Kakeru e sabendo que ele ama Yuka, explica que só obterão poder suficiente para enfrentar Liselotte se unirem seus corpos. A bem da verdade a cena é muito pudica e obscura, mas de utilidade duvidosa na trama. Em todo caso esta animação não tem nada de infantil, apesar de alguns personagens mais jocosos — o casal da escola, Kaori e Tadashi, reaparece de maneira fugaz, e ainda sem nada saber do drama vivido por Kakeru e seus amigos — é terror denso e enervante.
Mas tudo parece falhar diante do poder avassalador de Liselotte, quando ela se liberta do selo. A matança dos personagens prossegue, agora também morrem Superbia (Kusakabe Misao) e Avaritia, Shiori se mata para não permitir que Liselotte pegue seu fragmento, Yuka é dominada mentalmente. E mesmo os dois que ainda resistem, Kakeru e Misuzu, parece ser por pouco tempo. Liselotte quer o Olho de Aeon implantado na face de Kakeru, e que pode lhe completar o poder para jogar a Terra sobre o portal conhecido como Lua Vermelha. Pois Liselotte prometera há séculos a seu amado Velad, destruir a Terra, pois “não precisamos deste mundo”, que Velad já detestava pela quantidade de morte, violência e maldade.
Contra tudo isso, Liselotte fizera a escolha nihilista: a escolha da destruição.
Rio de Janeiro, 8 de agosto de 2019.
imagem de Liselotte, a Bruxa da Babilônia (pinterest)