THE BAT
THE BAT
Miguel Carqueija
Resenha do filme policial “A mansão do morcego”. Título original: “The bat” (O morcego). Produção: C.J. Tevlin. Direção e roteiro: Crane Wilbur. Adaptação da obra de Wagenhals Kemper, Mary Roberts Rinehart e Avery Hopwood. Música: Louis Forbes. Fotografia: Joseph Biroc A.S.C. Tema musical executado por Alvino Rey. Com Vincent Price (Dr. Malcolm Wells), Agnes Moorehead (Cornelia Van Gorder), Gavin Gordon (Lt. Andy Anderson), John Sutton (Warner), Lenita Lane (Lizzie Allen), Elaine Edwards (Dale Bailey), Darla Hood (Judy Hollander), Harvey Stephens (John Fleming).
Excelente filme policial com ares de terror (haja visto Vincent Price no papel principal), “The bat” — refilmagem de um clássico de 1926 e tendo a famosa Mary Roberts Rinehart de co-autora da novela original — tem na fotografia em preto-e-branco do prestigiado Joseph Biroc um dos seus trunfos.
A atmosfera é sombria, concentrada numa enorme mansão que a escritora de mistério Cornelia Van Gorder aluga para passar um verão e escrever um livro. A dama escritora (Agnes Moorehead, cuja interpretação é característca, com um toque de pundonor e nenhuma ingenuidade) não se deixa impressionar muito com as incursões do Morcego na casa, driblando a polícia, pois para ela é um desafio enfrentar um assassino e usar acontecimentos reais como inspiração para um novo livro. A mansão Ox (?) guarda em algum lugar uma fortuna roubada do banco e nada fará “The Bat” desistir. Logo as mortes irão se acumulando.
O Dr. Wells é um caso à parte. Ambíguo, ambicioso, desonesto, o ator Vincent Price, com seu sorriso sardônico, serviu como uma luva para vivenciá-lo. A trama joga muito bem com os diversos suspeitos que vão surgindo enquanto The Bat vai matando com suas luvas dotadas de garras de aço, as pessoas que ficam em seu caminho. Outros personagens importantes são o dúbio Tenente Anderson (ou Andy), que tem interesses pessoais no banco roubado, o muito inescrupuloso John Fleming (dono do banco Zineth) e seu sobrinho Mark, Lizzie Allen (fiel secretária de Cornelia) e o misterioso chofer e mordomo Warner.
Enfim, um policial que segue a linha clássica. Sem se perder em toroteios, perseguições e brigas, concentrando-se na questão do mistério.
Rio de Janeiro, 12 de janeiro de 2019.
THE BAT
Miguel Carqueija
Resenha do filme policial “A mansão do morcego”. Título original: “The bat” (O morcego). Produção: C.J. Tevlin. Direção e roteiro: Crane Wilbur. Adaptação da obra de Wagenhals Kemper, Mary Roberts Rinehart e Avery Hopwood. Música: Louis Forbes. Fotografia: Joseph Biroc A.S.C. Tema musical executado por Alvino Rey. Com Vincent Price (Dr. Malcolm Wells), Agnes Moorehead (Cornelia Van Gorder), Gavin Gordon (Lt. Andy Anderson), John Sutton (Warner), Lenita Lane (Lizzie Allen), Elaine Edwards (Dale Bailey), Darla Hood (Judy Hollander), Harvey Stephens (John Fleming).
Excelente filme policial com ares de terror (haja visto Vincent Price no papel principal), “The bat” — refilmagem de um clássico de 1926 e tendo a famosa Mary Roberts Rinehart de co-autora da novela original — tem na fotografia em preto-e-branco do prestigiado Joseph Biroc um dos seus trunfos.
A atmosfera é sombria, concentrada numa enorme mansão que a escritora de mistério Cornelia Van Gorder aluga para passar um verão e escrever um livro. A dama escritora (Agnes Moorehead, cuja interpretação é característca, com um toque de pundonor e nenhuma ingenuidade) não se deixa impressionar muito com as incursões do Morcego na casa, driblando a polícia, pois para ela é um desafio enfrentar um assassino e usar acontecimentos reais como inspiração para um novo livro. A mansão Ox (?) guarda em algum lugar uma fortuna roubada do banco e nada fará “The Bat” desistir. Logo as mortes irão se acumulando.
O Dr. Wells é um caso à parte. Ambíguo, ambicioso, desonesto, o ator Vincent Price, com seu sorriso sardônico, serviu como uma luva para vivenciá-lo. A trama joga muito bem com os diversos suspeitos que vão surgindo enquanto The Bat vai matando com suas luvas dotadas de garras de aço, as pessoas que ficam em seu caminho. Outros personagens importantes são o dúbio Tenente Anderson (ou Andy), que tem interesses pessoais no banco roubado, o muito inescrupuloso John Fleming (dono do banco Zineth) e seu sobrinho Mark, Lizzie Allen (fiel secretária de Cornelia) e o misterioso chofer e mordomo Warner.
Enfim, um policial que segue a linha clássica. Sem se perder em toroteios, perseguições e brigas, concentrando-se na questão do mistério.
Rio de Janeiro, 12 de janeiro de 2019.