AVENGER episódio 9: o regate de Nei

AVENGER episódio 9: o resgate de Nei
Miguel Carqueija

A sombria história em câmara lenta que é “Avenger”, onde os personagens conversam em geral numa lentidão incompreensíve e tudo é solene, tem alguns segredos revelados. O Prefeito Metis, da cidade de Metis (ou seja, da cidade que pertence a ele; os costumes desse Marte futurista são muito estranhos), com seu aparato científico, obteve a determinação de que Nei não é uma boneca, uma “doll”, é uma menina humana, um milagre, já que na decadente civilização marciana não nascem crianças há mais de dez anos.
Nei fôra arrebatada de Layla, a guerreira silenciosa. Entretanto, apoiada pelo Mestre Speedy, o construtor e consertador de bonecas, Layla chega disposta a recuperar seu tesouro...


Resenha do episódio 9 (“Deusa”) do seriado japonês de animação “Avenger” (Vingadora). Estúdio Beetrain/Xebec, 2003. Produção: Shinichi Ikeda, Kôji Morimoto e Tetsurõ Satomi. Direção: Koichi Mashimo. Música de Ali Project.
Elenco de dublagem:
Layla Ashley..................................Megumi Toyoguchi
Volk...............................................Hiroshi Yanika
Westa............................................Sumi Shimamoto
Nei.................................................Mika Kanai
Speedy...........................................Shinichito Yanaka
Garcia............................................Katsuyuki Konichi


“Você quer morrer?”
(Speedy para Layla)

“Essa garota mudará o futuro de Marte! Não, ela mudará a direção de toda a espécie humana!”
(Metis)

“Layla... você carrega tanta tristeza.”
(Westa)


Embora Volk, o tenebroso líder encouraçado de Marte, um dos “Doze Originais” que fundaram a colônia e considerado, como Westa, uma espécie de divindade (em tese eles já não morrem, os motivos não são bem explicados mas teria a ver com o sangue), tenha combinado mandar um representante á cidade de Metis para pegar a menina Nei, na prática Westa interfere e chega antes. Na luta que se trava Speedy, disfarçado em mensageiro de Volk, ajuda Layla, mas acabam encontrando Nei nos braços de Westa. Speedy achava que não se deveria querer lutar com uma “deusa” mas Layla não hesita em atacá-la, numa cena surrealista. Westa consegue se desviar de maneira talvez mágica, sem dar passos, movendo o corpo todo, e afinal consegue que Layla a ouça. Layla vai embora com a criança sonolenta nos braços. Westa, embora esteja sempre com Volk, parece tê-lo traído desta vez. O fato é que as duas predestinadas, a jovem e a criança, estão de novo juntas.
A música de “Avenger” é fascinante e o enredo é aliciante, até mesmo por não esclarecer os segredos do passado, nesta incompreensível colônia onde modernas tecnologias correm juntas com costumes medievais.

Rio de Janeiro, 3 de maio de 2019.