PAGUE PARA ENTRAR, REZE PARA SAIR (1981)
Em 1981 Tobe Hooper dirigiu uma pequena produção que foi fracasso de bilheteria, não marcou época, os atores eram desconhecidos, os personagens superficiais, os recursos técnicos limitadíssimos e os efeitos especiais inexistentes. Mas o filme tinha uma premissa interessante, uma história envolvente, apesar de simples, e é a cara dos anos 80. O nome desse filme é PAGUE PARA ENTRAR, REZE PARA SAIR e, nele, vemos a jovem Amy Harper ( Eizabeth Berridge) e seu namorado (Cooper Huckabee), juntamente com um casal de amigos (Largo Wooddruff e Miles chapin), visitar um parque de diversões que acabou de chegar em sua pequena cidade. Os quatro jovens resolvem passar a noite no trem-fantasma do parque onde acabam testemunhando um assassinato envolvendo um dos proprietários e seu filho, uma aberração monstruosa que então passa a caçá-los.
Para quem não conhece Tobe Hooper, ele foi o diretor de dois grandes sucessos do gênero terror: O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA, de 1974, e POLTHERGEIST- O FENÔMENO, de 1982. PAGUE PARA ENTRAR, REZE PARA SAIR não é tão bom, nem tão marcante quanto as duas produções supra citadas, mas também não chega a ser ruim, já que funciona perfeitamente como filme de horror, apesar das limitações técnicas. A ideia de usar um lugar de brincadeiras e diversões como um cenário para momentos de pavor foi muito acertada. Aqui, Hooper poupa o espectador do excesso de sangue, ao contrário do que fez em seus longas de sucesso, onde a sanguinolência rola sem nenhum limite. O ritmo é acelerado, as coisas vão acontecendo rapidamente, sem enrolação. O elenco, desconhecido e amador, faz o seu feijão com arroz, e não chega a comprometer o filme. Tobe Hooper consegue criar um clima envolvente de medo e tensão dentro do parque. Ele conduz a trama de forma a criar um ambiente claustrofóbico para as personagens. Salas apertadas e corredores escuros são explorados pelo diretor para dar a sensação de que não há mais para onde fugir.
PAGUE PARA ENTRAR, REZE PARA SAIR não é o tipo de filme que faça a cabeça da galera de hoje, acostumados que estão a efeitos especiais sofisticados e muito CGI. É um filme tecnicamente medíocre? É. Com uma história previsível? É. Mas tem uma premissa interessante, os elementos disponíveis são criativamente bem usados para causar medo. Eu recomendo. É bem mais assistível do que muitas bombas que são jogadas nas telas atualmente.