RETORNO DE SAILOR MOON episódio 2 (48): a volta das “sailors”
RETORNO DE SAILOR MOON episódio 2 (48): a volta das “sailors”
Miguel Carqueija
Os japoneses, provavelmente por uma questão de mercadologia, gostam muito de misturar o inglês em seu próprio idioma. Daí a constante presença de termos da língua inglesa até em personagens principais. “Sailor” significa marinheira, ou talvez se deva traduzir melhor por navegante. A explicação de que elas, como estudantes, usam o uniforme tradicional japonês com golas de marinheiras não pode explicar tudo; afinal as “sailors” antes de serem estudantes já eram “sailors”. No mangá isso fica melhor explicado, já que elas possuem o poder de se teleportarem e se locomoverem pelo espaço cósmico. Por isso são navegantes. Se forem estudadas de um ponto de vista teológico elas teriam de ser consideradas criaturas intermediárias entre anjos e homens, as guardiães do universo físico.
No primeiro episódio da segunda temporada de “Bishojo senshi Sailor Moon” (“A linda guerreira Sailor Moon”, típico exemplo de mistura de japonês com inglês) Usagi Tsukino (Serena nas versões americana, mexicana e brasileira) recobra suas memórias do tempo em que lutava como “sailor” guerreira. Um novo e misterioso inimigo surgiu. Mas as demais guerreiras e Mamoru Chiba ainda de nada se lembram.
Resenha do episódio 48 – “As sailors voltam a se reunir” (episódio 1 da segunda temporada, “Retorno de Sailor Moon”) – do seriado de tv “Bishojo senshi Sailor Moon” ou “Pretty Guardian Sailor Moon” (A linda guardiã Sailor Moon) – Toei, Japão, 1993. Produção executiva: Iriyma Azuna. Produção e direção: Junichi Sato. Roteiro: Shigeru Yanagawa. Caracteres: Kazuko Tadano. Supervisão de Naoko Takeushi. Tema de abertura: Moonlight densetsu. Tema de encerramento: Otome no policy.
Usagi Tsukino (Serena, Sailor Moon).................Kae Araki
Tuxedo Kamen ou Tuxedo Mask (Darien, Mamoru Chiba)...........Toru Furuya
Luna....................................................................Keiko Han
Ami Mizuno (Sailor Mercúrio)..............................Aya Hisakawa
Makoto Kino (Sailor Júpiter)...................................Emi Shinohara
Artêmis..........................................Yasuhiro Takato
En (Natsumi Ginga).........................Yumi Toma
Ali (Seijuno Ginga)..........................Hikaru Midorikawa
Shingo Tsukino...............................Chyoko Kawashima
Haruna Sakurada............................Chiyoko Kawashima
Gurio Umino.....................................Keiichi Nanba
Naru Osaka......................................Shino Kanikuma
Hino Rei (Sailor Marte)......................................Michie Tomizawa
Minako Aino (Sailor Vênus)...........Rika Fukami
“Olha, eu não sei o que está acontecendo, mas não me parece nada bom!”
(Sailor Moon)
Como já expliquei na resenha do capítulo 1 (47 do seriado original) a segunda temporada divide-se em duas sub-temporadas, ou arcos, sendo o primeiro, de En e Ali, uma invenção para a televisão, que não corresponde a qualquer fase do mangá, porque Naoko Takeushi ainda não dera prosseguimento após o término da primeira fase (do Reino Escuro). Este arco foi feito às pressas, para que a série não parasse, e não tendo sido criado por Naoko (que apenas, logicamente, deu consentimento) ficou bem mais fraco que a média.
O artifício utilizado para que as quatro sailors auxiliares recobrassem suas memórias e se reunissem a Sailor Moon ficou excessivamente inverossímil, com um grau de coincidências que raia o milagre. Aliás milagres acontecem na saga de Sailor Moon, e até se aceitaria que poderes celestes interviessem para provocar o reencontro das guerreiras, mas não é o que acontece; simplesmente jogaram com uma coincidência absurda, na maneira como todas se reúnem ao acaso e o aparecimento do monstro do dia obriga a gata lunar Luna a reativar a memória de guerreiras Júpiter, Marte, Vênus e Mercúrio. E isto é tanto mais necessário, como Usagi já não tem o cetro lunar, perdido na batalha com a Rainha Beryl, só lhe resta a tiara lunar, portanto o poder da Princesa da Lua, nesta fase, está bastante diminuído. Menos ainda se justifica a presença na cena de Naru, a sexta garota, a amiga sem poderes e sem conhecimento de causa da Usagi, e cuja participação no episódio nada acrescenta ou adianta.
Por enquanto os alienígenas En e Ali (um casal) ficam de fora e enviam para coletar energia dos humanos (afim de alimentar a sua misteriosa “árvore da escuridão” que lhes fornece força vital) yumas ou demônios que chamam de “naipes” por saírem de um baralho de cartas. E estudam disfarçados no mesmo colégio de Usagi, Naru, Makoto e Ami.
Embora o episódio seja bastante pueril ainda existe o charme da personagem principal, que exercita mais uma vez o seu hábito de discursar para os inimigos, passando descomposturas; os discursos de Sailor Moon costumam ser patéticos e ingênuos, mas com frequência apresentam rasgos de grande sabedoria; quando não, são engraçados, como neste capítulo.
Rio de Janeiro, 18 de fevereiro de 2019.
Na imagem, da esquerda para a direita: Sailor Vênus, Sailor Marte, Sailor Moon, Sailor Mercúrio e Sailor Júpiter.
RETORNO DE SAILOR MOON episódio 2 (48): a volta das “sailors”
Miguel Carqueija
Os japoneses, provavelmente por uma questão de mercadologia, gostam muito de misturar o inglês em seu próprio idioma. Daí a constante presença de termos da língua inglesa até em personagens principais. “Sailor” significa marinheira, ou talvez se deva traduzir melhor por navegante. A explicação de que elas, como estudantes, usam o uniforme tradicional japonês com golas de marinheiras não pode explicar tudo; afinal as “sailors” antes de serem estudantes já eram “sailors”. No mangá isso fica melhor explicado, já que elas possuem o poder de se teleportarem e se locomoverem pelo espaço cósmico. Por isso são navegantes. Se forem estudadas de um ponto de vista teológico elas teriam de ser consideradas criaturas intermediárias entre anjos e homens, as guardiães do universo físico.
No primeiro episódio da segunda temporada de “Bishojo senshi Sailor Moon” (“A linda guerreira Sailor Moon”, típico exemplo de mistura de japonês com inglês) Usagi Tsukino (Serena nas versões americana, mexicana e brasileira) recobra suas memórias do tempo em que lutava como “sailor” guerreira. Um novo e misterioso inimigo surgiu. Mas as demais guerreiras e Mamoru Chiba ainda de nada se lembram.
Resenha do episódio 48 – “As sailors voltam a se reunir” (episódio 1 da segunda temporada, “Retorno de Sailor Moon”) – do seriado de tv “Bishojo senshi Sailor Moon” ou “Pretty Guardian Sailor Moon” (A linda guardiã Sailor Moon) – Toei, Japão, 1993. Produção executiva: Iriyma Azuna. Produção e direção: Junichi Sato. Roteiro: Shigeru Yanagawa. Caracteres: Kazuko Tadano. Supervisão de Naoko Takeushi. Tema de abertura: Moonlight densetsu. Tema de encerramento: Otome no policy.
Usagi Tsukino (Serena, Sailor Moon).................Kae Araki
Tuxedo Kamen ou Tuxedo Mask (Darien, Mamoru Chiba)...........Toru Furuya
Luna....................................................................Keiko Han
Ami Mizuno (Sailor Mercúrio)..............................Aya Hisakawa
Makoto Kino (Sailor Júpiter)...................................Emi Shinohara
Artêmis..........................................Yasuhiro Takato
En (Natsumi Ginga).........................Yumi Toma
Ali (Seijuno Ginga)..........................Hikaru Midorikawa
Shingo Tsukino...............................Chyoko Kawashima
Haruna Sakurada............................Chiyoko Kawashima
Gurio Umino.....................................Keiichi Nanba
Naru Osaka......................................Shino Kanikuma
Hino Rei (Sailor Marte)......................................Michie Tomizawa
Minako Aino (Sailor Vênus)...........Rika Fukami
“Olha, eu não sei o que está acontecendo, mas não me parece nada bom!”
(Sailor Moon)
Como já expliquei na resenha do capítulo 1 (47 do seriado original) a segunda temporada divide-se em duas sub-temporadas, ou arcos, sendo o primeiro, de En e Ali, uma invenção para a televisão, que não corresponde a qualquer fase do mangá, porque Naoko Takeushi ainda não dera prosseguimento após o término da primeira fase (do Reino Escuro). Este arco foi feito às pressas, para que a série não parasse, e não tendo sido criado por Naoko (que apenas, logicamente, deu consentimento) ficou bem mais fraco que a média.
O artifício utilizado para que as quatro sailors auxiliares recobrassem suas memórias e se reunissem a Sailor Moon ficou excessivamente inverossímil, com um grau de coincidências que raia o milagre. Aliás milagres acontecem na saga de Sailor Moon, e até se aceitaria que poderes celestes interviessem para provocar o reencontro das guerreiras, mas não é o que acontece; simplesmente jogaram com uma coincidência absurda, na maneira como todas se reúnem ao acaso e o aparecimento do monstro do dia obriga a gata lunar Luna a reativar a memória de guerreiras Júpiter, Marte, Vênus e Mercúrio. E isto é tanto mais necessário, como Usagi já não tem o cetro lunar, perdido na batalha com a Rainha Beryl, só lhe resta a tiara lunar, portanto o poder da Princesa da Lua, nesta fase, está bastante diminuído. Menos ainda se justifica a presença na cena de Naru, a sexta garota, a amiga sem poderes e sem conhecimento de causa da Usagi, e cuja participação no episódio nada acrescenta ou adianta.
Por enquanto os alienígenas En e Ali (um casal) ficam de fora e enviam para coletar energia dos humanos (afim de alimentar a sua misteriosa “árvore da escuridão” que lhes fornece força vital) yumas ou demônios que chamam de “naipes” por saírem de um baralho de cartas. E estudam disfarçados no mesmo colégio de Usagi, Naru, Makoto e Ami.
Embora o episódio seja bastante pueril ainda existe o charme da personagem principal, que exercita mais uma vez o seu hábito de discursar para os inimigos, passando descomposturas; os discursos de Sailor Moon costumam ser patéticos e ingênuos, mas com frequência apresentam rasgos de grande sabedoria; quando não, são engraçados, como neste capítulo.
Rio de Janeiro, 18 de fevereiro de 2019.
Na imagem, da esquerda para a direita: Sailor Vênus, Sailor Marte, Sailor Moon, Sailor Mercúrio e Sailor Júpiter.