A cafonice de "Carrossel"
A CAFONICE DE “CARROSSEL”
Miguel Carqueija
Hollywood sempre produziu comédias e musicais onde predominam clichês enjoativos além de soluções e situações forçadas e inconsistentes. No fundo transparece a ideia de hipnotizar o público com ilusões, romantismo superficial, mensagens vazias e a sedução dos astros e estrelas da tela.
“Carrossel”, de 1956, não foge à regra, com canções enjoadas e personagens enfadonhos. O protagonista, Billy Bigelow, é um cretino, e sua amada Julie, até vivida por uma atriz simpática, também é muito estranha, enamorando-se do sujeito no mesmo dia em que ele é despedido do carrossel (um carrossel que dá título ao filme mas que logo some da cena). Ela mesma sem eira nem beira, mas viaja para casas com Billy, parece que não convidam ninguém e só ao voltarem é que Nettie, a prima de Julie, fica sabendo. E mesmo assim os dois têm a cara de pau de ficar vivendo às custas de Nettie.
Tudo é mal explicado. De que é que vivia Julie antes de casar? E Nettie? Embora se diga que Billy procurou trabalho sem êxito o que se vê, na tela, é que ele recusa dois oferecimentos, inclusive um da esquisita dona do carrossel, para que ele voltasse.
A trama pega o clichê do sujeito que morre e obtém, no Céu, uma chance de voltar — no caso para tentar ajudar a filha de 15 anos, que sofre discriminação porque o pai tinha sido ladrão — pois a morte de Billy se deveu a aceitar ser cooptado para um assalto, onde deu azar e morreu. Nem sei como foi parar no Céu — onde se ocupava polindo estrelas (???). Desculpem, mas este é um dos filmes mais ridículos que eu já assisti.
Rio de Janeiro, 23 de novembro de 2018.
Ficha técnica
“Carrossel” – Estados Unidos, 20th. Century Fox, 1956.
Direção: Henry King. Produção: Henry Ephron. Roteiro: Henry e Phoede Ephron, com base na pela de Ferenc Molnar e no livreto de Oscar Hammerstein II. Fotografia: Charles G. Clarke. Música: Richard Rodgers e Alfred Newman.
Elenco:
Gordon Mac Rae....................Billy Bigelow
Shirley Jones...........................Julie Jordan
Cameron Mitchell...................Jigger Craigin
Barbara Ruick..........................Carrie Pipperidge
Claramie Turner......................Cousin (prima) Nettie
Robert Rounseville..................Enoch Snow
Gene Lockart...........................Dr. Selden
John Denner............................Mr. Bascombe
Susan Luckey...........................Louise Bigelow
A CAFONICE DE “CARROSSEL”
Miguel Carqueija
Hollywood sempre produziu comédias e musicais onde predominam clichês enjoativos além de soluções e situações forçadas e inconsistentes. No fundo transparece a ideia de hipnotizar o público com ilusões, romantismo superficial, mensagens vazias e a sedução dos astros e estrelas da tela.
“Carrossel”, de 1956, não foge à regra, com canções enjoadas e personagens enfadonhos. O protagonista, Billy Bigelow, é um cretino, e sua amada Julie, até vivida por uma atriz simpática, também é muito estranha, enamorando-se do sujeito no mesmo dia em que ele é despedido do carrossel (um carrossel que dá título ao filme mas que logo some da cena). Ela mesma sem eira nem beira, mas viaja para casas com Billy, parece que não convidam ninguém e só ao voltarem é que Nettie, a prima de Julie, fica sabendo. E mesmo assim os dois têm a cara de pau de ficar vivendo às custas de Nettie.
Tudo é mal explicado. De que é que vivia Julie antes de casar? E Nettie? Embora se diga que Billy procurou trabalho sem êxito o que se vê, na tela, é que ele recusa dois oferecimentos, inclusive um da esquisita dona do carrossel, para que ele voltasse.
A trama pega o clichê do sujeito que morre e obtém, no Céu, uma chance de voltar — no caso para tentar ajudar a filha de 15 anos, que sofre discriminação porque o pai tinha sido ladrão — pois a morte de Billy se deveu a aceitar ser cooptado para um assalto, onde deu azar e morreu. Nem sei como foi parar no Céu — onde se ocupava polindo estrelas (???). Desculpem, mas este é um dos filmes mais ridículos que eu já assisti.
Rio de Janeiro, 23 de novembro de 2018.
Ficha técnica
“Carrossel” – Estados Unidos, 20th. Century Fox, 1956.
Direção: Henry King. Produção: Henry Ephron. Roteiro: Henry e Phoede Ephron, com base na pela de Ferenc Molnar e no livreto de Oscar Hammerstein II. Fotografia: Charles G. Clarke. Música: Richard Rodgers e Alfred Newman.
Elenco:
Gordon Mac Rae....................Billy Bigelow
Shirley Jones...........................Julie Jordan
Cameron Mitchell...................Jigger Craigin
Barbara Ruick..........................Carrie Pipperidge
Claramie Turner......................Cousin (prima) Nettie
Robert Rounseville..................Enoch Snow
Gene Lockart...........................Dr. Selden
John Denner............................Mr. Bascombe
Susan Luckey...........................Louise Bigelow