OS ONZE OLHOS episódio 1: o estilhaçar do espaço-tempo
OS ONZE OLHOS episódio 1: o estilhaçar do espaço-tempo
Miguel Carqueija
Começamos hoje o acompanhamento (guia de episódios) de uma impressionante mini-série japonesa em desenho animado, “11 eyes” (Onze olhos), que lida com o tema das dimensões desconhecidas e forças desconhecidas, em clima de terror. Como em muitas outras séries nipônicas de animação, os protagonistas principais são adolescentes e, de início, o jovem Kakeru Satsuki e sua colega-namorada Yuka Minase. Kakeru é calmo, pudico e cavalheiresco; Yuka é romântica, delicada e dedicada ao rapaz. Uma tragédia — o suicídio da irmã, Kukuri — marcou a infância de Kakeru, que perdeu a vista direita (por isso usa um tapa-olho) em circunstâncias não explicadas no episódio inicial. No colégio de ensino médio onde estudam, Kakeru e Yuka interagem principalmente com outro casal, Kaori e Tadashi — sendo que este é o pervertido da história, e por seu comportamento vive apanhando da Kaori. Em muitos desses animês aparece com frequência algum personagem meio pervertido para contrastar com o herói que, como no caso de Kakeru, é tímido, íntegro e discreto, de poucas palavras.
Kakeru mora só (supostamente alguém da família deve bancá-lo, pois é um adolescente) e Yuka foi adotada pela família Minase, mas mora perto do rapaz e lhe dá apoio de longa data, semelhante à Rinko em relação a Yuuto, no seriado “Omamori Himari”. A vida transcorre bem normal para Kakeru e Yuka até o dia em que, em plena luz do dia, um incrível fenômeno os envolve: um efeito de luz e trevas surge avassalador, o tecido espaço-temporal como que se estilhaça e os dois se vêem sós numa cidade vazia, numa noite vermelha onde se avista uma lua negra. O visual fica apavorante, escarlate, a menina fica apavorada, mas algo ainda pior os aguarda, quando são cercados por um bando de feios espectros de aspecto ameaçador...
Resenha do capítulo 1 (Noite vermelha) do seriado de animação “Eleven eyes” (onze olhos) – Estúdio Dogakobo, Japão, 2009. Direção: Masami Shimoda. Roteiro: Kenichi Kanemaki. Título original japonês: “Tsumi to batsu to aganai no shôjo” (“Pecado, danação e expiação da garota”). Baseado em jogo eletrônico desenvolvido por Lass em 2008.
Elenco de dublagem:
Kakeru Satsuki...............................Daisuke Ono
Yuka Minase..................................Mai Goto
Kaori Natsuki.................................Kaori Mizuhashi
Tadashi Teruya..............................Kouta Nemoto
Shion Momono..............................Emiko Hagiwara
Kukuri Tachibana...........................Noriko Tachibana
“Vamos abraçar a esperança deste mundo.”
(tema musical de abertura)
“O que seria de mim se ela não estivesse ao meu lado?”
(Kakeru Satsuki)
“Não importa quão densas sejam as trevas, unidos conseguiremos.”
(tema musical de encerramento)
“Onze olhos” é uma história fatídica, atravessada por um clima tétrico no visual (quando aparece a noite vermelha) e na música. Percebe-se que alguma coisa sinistra persegue Kakeru e Yuka e que existem personagens misteriosos em torno, como a nova aluna Momono (é clássico, em animês que se passam parcialmente em escolas, o surgimento de novos alunos que são apresentados à turma e sempre que isso acontece tais novatos irão influir decisivamente na trama), de cabelos cinzentos e pouco sociável. Por outro lado o relacionamento entre Kakeru e Yuka é singelo e doce, como se vê na cena em que ambos estão sentados na grama de um parque e Yuka diz delicadamente para o garoto: “Vamos fazer aquilo?”. Referia-se a um casal onde o rapaz deitara a cabeça nos joelhos da moça.
Mas a noite vermelha da véspera (que terminara abruptamente, quando os dois se viam cercados pelos espectros) retorna. Pela segunda vez eles são jogados para uma dimensão assustadora, e sem ter ideia do que realmente está acontecendo, ou por que está acontecendo...
Rio de Janeiro, 2 de dezembro de 2018.
OS ONZE OLHOS episódio 1: o estilhaçar do espaço-tempo
Miguel Carqueija
Começamos hoje o acompanhamento (guia de episódios) de uma impressionante mini-série japonesa em desenho animado, “11 eyes” (Onze olhos), que lida com o tema das dimensões desconhecidas e forças desconhecidas, em clima de terror. Como em muitas outras séries nipônicas de animação, os protagonistas principais são adolescentes e, de início, o jovem Kakeru Satsuki e sua colega-namorada Yuka Minase. Kakeru é calmo, pudico e cavalheiresco; Yuka é romântica, delicada e dedicada ao rapaz. Uma tragédia — o suicídio da irmã, Kukuri — marcou a infância de Kakeru, que perdeu a vista direita (por isso usa um tapa-olho) em circunstâncias não explicadas no episódio inicial. No colégio de ensino médio onde estudam, Kakeru e Yuka interagem principalmente com outro casal, Kaori e Tadashi — sendo que este é o pervertido da história, e por seu comportamento vive apanhando da Kaori. Em muitos desses animês aparece com frequência algum personagem meio pervertido para contrastar com o herói que, como no caso de Kakeru, é tímido, íntegro e discreto, de poucas palavras.
Kakeru mora só (supostamente alguém da família deve bancá-lo, pois é um adolescente) e Yuka foi adotada pela família Minase, mas mora perto do rapaz e lhe dá apoio de longa data, semelhante à Rinko em relação a Yuuto, no seriado “Omamori Himari”. A vida transcorre bem normal para Kakeru e Yuka até o dia em que, em plena luz do dia, um incrível fenômeno os envolve: um efeito de luz e trevas surge avassalador, o tecido espaço-temporal como que se estilhaça e os dois se vêem sós numa cidade vazia, numa noite vermelha onde se avista uma lua negra. O visual fica apavorante, escarlate, a menina fica apavorada, mas algo ainda pior os aguarda, quando são cercados por um bando de feios espectros de aspecto ameaçador...
Resenha do capítulo 1 (Noite vermelha) do seriado de animação “Eleven eyes” (onze olhos) – Estúdio Dogakobo, Japão, 2009. Direção: Masami Shimoda. Roteiro: Kenichi Kanemaki. Título original japonês: “Tsumi to batsu to aganai no shôjo” (“Pecado, danação e expiação da garota”). Baseado em jogo eletrônico desenvolvido por Lass em 2008.
Elenco de dublagem:
Kakeru Satsuki...............................Daisuke Ono
Yuka Minase..................................Mai Goto
Kaori Natsuki.................................Kaori Mizuhashi
Tadashi Teruya..............................Kouta Nemoto
Shion Momono..............................Emiko Hagiwara
Kukuri Tachibana...........................Noriko Tachibana
“Vamos abraçar a esperança deste mundo.”
(tema musical de abertura)
“O que seria de mim se ela não estivesse ao meu lado?”
(Kakeru Satsuki)
“Não importa quão densas sejam as trevas, unidos conseguiremos.”
(tema musical de encerramento)
“Onze olhos” é uma história fatídica, atravessada por um clima tétrico no visual (quando aparece a noite vermelha) e na música. Percebe-se que alguma coisa sinistra persegue Kakeru e Yuka e que existem personagens misteriosos em torno, como a nova aluna Momono (é clássico, em animês que se passam parcialmente em escolas, o surgimento de novos alunos que são apresentados à turma e sempre que isso acontece tais novatos irão influir decisivamente na trama), de cabelos cinzentos e pouco sociável. Por outro lado o relacionamento entre Kakeru e Yuka é singelo e doce, como se vê na cena em que ambos estão sentados na grama de um parque e Yuka diz delicadamente para o garoto: “Vamos fazer aquilo?”. Referia-se a um casal onde o rapaz deitara a cabeça nos joelhos da moça.
Mas a noite vermelha da véspera (que terminara abruptamente, quando os dois se viam cercados pelos espectros) retorna. Pela segunda vez eles são jogados para uma dimensão assustadora, e sem ter ideia do que realmente está acontecendo, ou por que está acontecendo...
Rio de Janeiro, 2 de dezembro de 2018.